Um domingo de um feriado prolongado (dia 15/09 é feriado municipal em Barbacena, caindo nunca segunda-feira) e, sempre, um tempo para descansar a cabeça e pegar uma estradinha. A Rochelli estaria de plantão e já estávamos combinando de rodar juntos no dia seguinte, feriado de fato. Mas, sabe como é... Como ela trabalha com fotografia, poderia surgir alguma coisa de última hora e eu queria já garantir alguma rodada solo já nesse domingo mesmo. Se fosse para rodar também na segunda, melhor ainda.
O problema é aquela famosa Lei de Murphy. Ao longo de toda a semana, o tempo ficou incrível, perfeito mesmo. Céu de brigadeiro com temperaturas amenas. Nenhum sinal de chuva. Aquele tempo mesmo convidativo para a estrada. Foi terminar a sexta-feira e tudo virou. Chuva, frio, neblina... Aquela chuvinha molha-bobão, contínua e afeita a Barbacena. Passei o sábado em casa.
Por isso, no domingo, dei a louca e saí mesmo com o tempo meio instável. Chuva, não tinha, mas estava bem feio e frio. Meio sem destino, pensei que seria bom rodar pela BR-040 e, eventualmente, ir para os lados de Conselheiro Lafaiete, ou até mesmo Congonhas e além (o problema é que é a região do minério e aí já viu, né... Aquela meleca ferrosa na estrada toda - Já tivemos uma experiência bem ruim). De qualquer forma, ali até Lafaiete estaria de bom tamanho, considerando que poderia rumar para o leste também, na direção de Itaverava, Catas Altas da Noruega,etc.
Saí não muito cedo, ainda meio sem realmente uma decisão absoluta sobre o destino. Mas peguei a 040 no sentino norte. Estava bem frio, mas foi com a roupa de moto usual: calça e jaqueta de viagem, botas e luvas com os dedos cortados. Mas, passando Ressaquinha, o frio foi pegando pelas mãos e parei para trocar as luvas. Com o passar dos quilômetros, o tempo foi fechando, fechando e um nevoeiro muito denso se instalou. Toda a região de Carandaí e, principalmente, Pedra do Sino (conhecida pelos seus nevoeiros densos) estava uma verdadeira cortina branca.
Quando chegue a Cristiano Otoni, a visibilidade aumentou um pouco, mas à essa altura, já havia decidido fazer uma paradinha para o café na Parada da Mexerica, ótima, por sinal. Lá, pude tomar um café quentinho com ótimos pães de quejo e empadas. Lanche bem reforçado, para aquecer o corpo. Aproveitei e coloquei também o forro extra da minha jaqueta, que me daria uma proteção adicional.
Apesar dessa preparação, realmente, refleti que o dia não estava lá essas coisas para aproveitar paisagens e lugares. A estrada estava até muito bonita com toda a cobertura branca, mas a umidade e o frio estavam bem intensos, chegando mesmo a chover leve em algumas partes. E visitar alguma cidade pequena assim não seria lá muito legal. Como já estávamos pensando em rodar também no dia seguinte e a previsão do tempo parecia um pouco mais promissora, resolvi voltar para casa, mas, claro, aproveitando todo o retorno com calma, curtindo cada curva.
Em pouco tempo já estava de volta, em um passeio meio doido, meio inusitado, mas que no final foi muito bom e me rendeu um café gostoso e mais alguns quitutes que eu trouxe nos baús.
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