domingo, 23 de julho de 2017

A busca por carimbos


Devem estar se perguntando o porquê desse título. Esses tais carimbos são do passaporte da Estrada Real; não é aquele passaporte que serve para voar naqueles gigantes aviões. Esse que temos é muito mais legal: você voa no asfalto, ou em terra, onde preferir. Deve ser muito bom andar de avião, mas sempre vou preferir a liberdade que uma moto nos dá...

Temos esse passaporte há tempos, mas resolvi citá-lo com mais detalhes nesse post, pois batemos o recorde desse vez. Ele é um bom motivo para podermos viajar para lugares que jamais imaginamos ir um dia e a desculpa é: vamos carimbar o passaporte kkk. Esses carimbos são relacionados aos trechos da Estrada Real e cada carimbo é o desenho de um ponto conhecido da cidade (postarei fotos, para conhecerem melhor).

Então vamos ao passeio... Fomos convidados para almoçar num lugar chamado Lavras Novas. Eu e o Felipe já estávamos querendo ir lá há um bom tempo e não perdemos a oportunidade. Quem nos convidou, foram a Luíza e o Pedro, aquele casal de Ubá do outro post (espero poder fazer mais postagem com eles aqui). Existe um grupo de motociclistas chamado "Ténéré Club MG", uma galera super animada, que viaja para todos os lados em cima de suas motos. A gente iria encontrá-los em Congonhas para seguirmos viagem até Lavras Novas.

Eu e o meu lindo arrumamos as bugigangas um dia antes, como sempre fazemos, para sairmos bem cedo no domingo. Encontramos a Luíza e o Pedro no restaurante Roselanche para irmos junto e então pegamos estrada. Combinamos de parar em Congonhas para esperar o pessoal do Ténéré Club, mas ligaram no meio do caminho e disseram que iriam atrasar. Por sorte, descobrimos que em Congonhas tinha o tal carimbo, então, fomos logo no ponto, e felizmente não perdemos viagem. Mais um carimbo para a conta. E aproveitamos para tirar fotos na igreja, que por sinal é muito linda. Seguimos viagem, agora rumo a Lavras Novas mesmo.

Pegamos a serra de Ouro Branco, que coisa mais linda... E claro, tirei muitas fotos.
Eu e Felipe conhecíamos a estrada até a entrada para Lavras Novas, pois já fomos a Ouro Preto. Mas a estrada de Lavras Novas mesmo, nunca fomos; seria uma surpresa pra todos nós. E que surpresa boa; uma serra incrível... Começou com asfalto, mas depois veio a parte boa... Terra, e bem das vermelhas kkk. Uma estrada bem estreita e sinuosa, com uns abismos bem legais. Enfim, depois de uma viagem cansativa e gostosa, com muitas fotos, chegamos ao destino.

Uma Tiradentes mais rústica, mas muito bonitinha. Estava bem cheia (dizem que vive assim, por causas das cachoeiras e pontos legais que tem lá). Estávamos cansados e com fome kkk. Paramos para ir ao banheiro (a Luíza até queria ficar no barzinho, pois estava tocando um clássico de Zeca Pagodinho kkk). Seguimos até uma praça onde encontramos uns dois integrantes do Ténéré Club MG, os quais disseram que os outros caras tinham ido se aventurar num lugar sinistro e encontrariam a gente no restaurante. Aí fomos para lá.
Sentamos e esperamos um pouco o restante da galera, mas estava difícil, pois a fome de todos era grande kkk. Então atacamos... Comida boa, fogão a lenha e o melhor, R$18 e comemos o tanto que queríamos kkkk... Meu Deus. Nunca comi tanto (também, saí de jejum kkk).

Depois de almoçarmos, resolvemos esperar a galera mais um tempo, mas eles não chegavam, aí resolvemos dar uma volta na praça, para conhecer. Ficamos sabendo que ficaram agarrados num ponto ruim de onde foram. Nem sei como saíram, pois estava ficando tarde e não queríamos chegar à noite em Barbacena, já que iríamos pegar mais carimbos nas cidades de Ouro Branco, Itatiaia e Lafaiete. Resolvemos pegar estrada de volta.

Fomos até Itatiaia, que eu nem sabia que existia. Parece ser bem pequeno e tranquilo. Perguntamos a um morador da cidade onde pegava o carimbo, e ele nos indicou um restaurante bem pertinho do local em que paramos, foi fácil. Pegamos nosso carimbo e seguimos até Ouro Branco. Eu e meu lindo já tínhamos esse, mas o Pedro e a Luíza não. Paramos rápido também, pois já conhecíamos o ponto, e mais um para a conta deles.

A última parada antes de Barbacena seria Lafaiete. Ninguém tinha o de lá e ninguém sabia onde era o ponto de carimbo, só tinha o nome do hotel, mas o Pedro disse que gostava da aventura de ir perguntando às pessoas kkkk. Deixamos por conta dele. E não é que deu certo? O hotel ficava bem na saída de Lafaiete (eu até conhecia, por passar em frente todos os dias para ir para a faculdade). Pegamos nosso último carimbo do dia. E pegamos estrada, mais 1h mais ou menos até Barbacena.

Pudemos apreciar um pôr do sol maravilhoso antes de chegar em Barbacena. Então, Pedro parou em um posto para abastecer, e seguiria um caminho diferente. Nos despedimos depois daquele passeio incrível, mas já combinando outros ainda melhores.  










quarta-feira, 12 de julho de 2017

Uma viagem inesperada

Esse "passeio" foi diferente. No final do semestre surgiu a necessidade da Rochelli ir à Conselheiro Lafaiete para fazer sua prova final de Anatomia. Ela estava bastante ansiosa e tinha estudado muito para essa prova, um dos desafios do seu curso de Veterinária.

Nunca fui de viajar à noite, primeiro porque sempre encarei as viagens de moto como passeios para apreciar a paisagem; segundo porque as experiências que tive, com os faróis das minhas motos antigas nunca transmitiram segurança. Fiquei então tenso com a necessidade de ir, numa noite super fria de inverno, com horário marcado, compromisso inadiável, pela possibilidade de ferrar com a prova dela.

De qualquer forma, saímos. Muito, muito frio. Mas eu havia me preparado bem, pois sabia o que iria encontrar na estrada. O mesmo não posso dizer da Rochelli, que quase congelou. A estrada, ótima. A 040 é linda aqui na região. Pôr do sol, cidades pelo caminho e, na chegada, seguindo a rota que marquei no GPS, uma "visita" ao centro de Lafaiete, que estava lotado, em plena hora do rush, kkk.



Na faculdade, alguma burocracia e minha lindinha foi fazer sua prova, ansiosa, mas cheia de esperanças. Desejei boa prova e esperei, aproveitando para tomar um caldo de feijão delicioso na cantina. Terminada a prova, para alívio dela, pegamos a estrada novamente, agora, noite total.

Frio. Muito frio. Mas estava bem agasalhado. A Ténéré tem um ótimo farol e a viagem foi muito tranquila. Foi legal apreciar uma beleza diferente, da estrada à noite. E mais ainda, ampliar nossas possibilidades de viagem pela confiança na moto.

Na chegada, apesar de cansados, contentes com mais essa jornada, meio forçada, eu sei, mas mesmo assim ótima. Quanto ao frio, nada que um bom banho quente não resolvesse.