Minério em Ouro Branco

Para este final de semana, eu e Rochelli tínhamos planejado um passeio de moto até a cidade de Ouro Branco. Era um dos destinos que queríamos explorar há algum tempo, pois apenas havíamos passado por lá quando fomos a Ouro Preto e quando fomos a Lavras Novas. No entanto, a previsão de chuva e alguns compromissos de última hora nos fizeram repensar nossos planos na sexta-feira, optando por adiá-los.

Porém, no sábado de manhã, a Rochelli entrou em contato com o pessoal do grupo de Whatsapp para passeios de moto. Para nossa surpresa, o Paulo e a Natália se mostraram interessados em se juntar a nós. Por conta disso, decidimos sair de forma um pouco improvisada, por volta das 10h da manhã, um horário bem mais tarde do que o habitual para nossas aventuras de moto. E com isso tudo, acabou que não tivemos tempo de tomar alguns dos cuidados que sempre tomamos antes de viajar: carregamento das baterias de câmeras e comunicadores e planejamento das rotas possíveis, uma vez que o meu GPS é feito para trilhas, e não faz recálculo de rotas.

Encontramos o Paulo e a Natália no Posto Avenida, antigo Posto Jatão, aqui em Barbacena. Enquanto o Paulo abastecia sua moto, aproveitamos para trocar algumas palavras. A Natália, atualmente garupa, expressava seu desejo de tirar a carteira de moto para poder explorar as estradas junto com a gente, assim como eu e a Rochelli.

Partimos então pela BR-040 em direção a Conselheiro Lafaiete. O tempo estava nublado, ameaçando chuva, mas, por sorte, conseguimos evitar as gotas de água durante nosso trajeto. No meio do caminho, no entanto, aconteceu um pequeno incidente: a luva da Natália caiu na estrada enquanto ela tentava usar o celular para tirar uma foto. Avisados por nós, eles deram meia volta e conseguiram recuperar a luva, evitando qualquer perda.

A estrada estava em boas condições, com um fluxo moderado de veículos. Contornamos Lafaiete através de um acesso mais ao norte e pegamos a estrada que nos levaria a Ouro Branco. Durante o percurso, passamos por pontos históricos, como a casa de Tiradentes, mas decidimos não parar, levando em conta o clima incerto e a possibilidade de o Paulo e a Natália não apreciarem tanto essas paradas com teor histórico. Servirão de motivo para retornarmos futuramente.

Ao chegarmos em Ouro Branco, estacionamos em frente à Igreja Matriz, aproveitando para registrar o momento com algumas fotos. Em seguida, fomos em direção a um restaurante que eu havia marcado como ponto de interesse no meu GPS. A Natália passou a usar o GPS do celular e nos guiar, ela e o Paulo à frente, através das ruas da cidade. O restaurante foi uma agradável surpresa: grande e movimentado, com uma comida saborosa e preço bem acessível. Conversamos bastante durante o almoço, trocando impressões sobre as motos e nossas vidas.

Após comermos, era hora de pensar no retorno. Consultamos o Paulo e a Natália sobre a melhor rota de volta e optamos por pegar a estrada que levaria a Congonhas e, em seguida, seguir direto pela BR-040 até Barbacena. Infelizmente, o azar nos acompanhou nesse trecho, pois, ao nos aproximarmos de Congonhas, uma chuva leve começou a cair, justamente no trecho em que caminhões da mineração passam (a maior área mineradora está ao norte de Congonhas, mas todo o entorno da cidade, juntamente com Ouro Branco e até mesmo Conselheiro Lafaiete têm aquela terra avermelhada de minério). A passagem de caminhões carregados de minério nos deixou completamente sujos.

De Lafaiete a Barbacena, retornamos sem chuva. Ao chegarmos, infelizmente nos separamos nas ruas de um bairro de Barbacena, o que nos impediu de nos despedir pessoalmente. Mas, mesmo assim, através do Whatsapp, expressamos nosso agradecimento pela companhia e compartilhamos as boas lembranças do passeio.

Apesar do imprevisto com a chuva, o passeio foi extremamente agradável e a companhia do Paulo e da Natália foi excelente. Novos passeios de moto estão sempre no radar e estamos ansiosos para explorar novas rotas e destinos juntos.