sábado, 6 de março de 2021

Rodando sempre

Hoje foi dia de um vôo solo. A Rochelli fez uma troca de plantões, mas eu não queria deixar de fazer um passeio na Ténéré. Com a pandemia, ficamos sempre em casa e a escapada por uma estrada com a moto é sempre renovadora (mesmo que não se defina qualquer destino, kkk). Resolvi, na véspera, buscar um destino próximo, porém interessante, ao qual gostaria de retornar ou explorar novas estradas. Acabei carregando a rota para Santana dos Montes no GPS. A rota é ótima, o lugar, tranquilo e isolado. A previsão do tempo, no entanto, estava para nublado e chuva.

No sábado pela manhã, saí por volta das 9h, passei no posto para abastecer e calibrar os pneus. Arrumei o controle da GoPro no punho e saí. O tempo estava meio nublado mesmo, mas nada que impedisse pegar uma boa estrada e tirar algumas fotos. A BR-040 estava bem tranquila e foi até diferente rodar sozinho e sem os baús laterais. A moto fica mais ágil, principalmente nas curvas. Mas é claro que prefiro estar com a Rochelli, conversando e sabendo que ela também está curtindo, tirando ótimas fotos de todos os ângulos.

A entrada no trevo para Caranaíba e Santana dos Montes, que fica em Cristiano Otoni, já demonstra a grande mudança da via. De um estradão como o 040, passa-se a uma estradinha bem sinuosa e... linda. Uma descida suave até um patamar mais baixo da Serra da Mantiqueira, cortando vales e morros, passando por inúmeras fazendas históricas. É uma estrada para curtir mesmo, inclusive com trechos calçados e com placas engraçadas como "Cuidado: Travessia de Formigas".

Ao chegar à pequena Santana dos Montes, já dá para ver, ao longe, o centro histórico em um pequeno platô, no qual se localiza a igreja mais antiga. Ao seu redor, um casario colonial e uma muito bem cuidada praça. Subi a colina de acesso ao centro e parei a Ténéré bem em frente à igreja. Aproveitei para esticar as pernas, tomar água e tirar muitas fotos do lindo local. 

Como meu propósito era mais "pegar estrada" do que ficar por lá e a previsão era de pancadas de chuva à tarde para toda a região (e por pancadas, temos visto algumas verdadeiras "trombas d'água" bem destrutivas em muitas cidades e distritos), resolvi voltar, voltando à estrada de serra, tão aconchegante. Ao longo do retorno, lembrei-me que havia marcado uma cachoeira no GPS, chamada Cachoeira da Caatinga e, numa das partes calçadas da estrada, pude ver a bifurcação para seu acesso. Não deu para tirar fotos, já que eu havia guardado a Canon no baú e a GoPro estava instalada na frente da moto para a viagem de volta. Mas deu para perceber uma cachoeirinha bem interessante de se visitar, eventualmente até para fazer um piquenique. Fica praticamente ao lado da estrada principal, logo abaixo de uma ponte de estrada vicinal. Devidamente marcada para visitas posteriores, kkk.

Da cachoeira, o retorno foi tranquilo, passando pelo trevo de Caranaíba (que optei por não visitar, dessa vez, apesar da serra incrível), por Cristiano Otoni, onde pequei novamente a velha 040 de volta para casa. O tempo foi fechando, mas não o bastante para chover durante o retorno. Aproveitei para fazer alguns takes com a GoPro lá na frente, mostrando aquele verdadeiro estradão.

Vou continuar com o plano de fazer mais passeios, mesmo que curtos, talvez mantendo a "meta" de um por semana. É como recarregar as baterias. Vamos ver.

O importante é continuar ativo, afinal. Em movimento. Rodando sempre.

















Nenhum comentário:

Postar um comentário