sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Retorno a Prados

A necessidade, mais uma vez, gerou a oportunidade para um passeio de moto. Novamente, precisaríamos ir a São João del-Rei para buscar um importante remédio manipulado para o Jetsan, cão da Rochelli. Nossa última ida à cidade tinha sido justamente por este motivo.

Bem, seria então, obrigatoriamente, uma viagem em repetição. Mas daí tive a ideia de fazer a mesma viagem, porém buscando outros trajetos. Isso é sempre interessante, como demonstrou nosso último passeio com a viagem a Juiz de Fora via estrada de Tabuleiro. Especificamente, havíamos passado somente uma vez pela cidade de Prados, quando fizemos uma verdadeira peregrinação por carimbos do passaporte da Estrada Real. Já fazia tanto tempo! Só que a lembrança nítida que tínhamos era a visão da linda estrada que passa na face norte da impressionante Serra de São José. Para mim, que sempre visitei a cidade de Tiradentes, é como um dark side da serra, o lado desconhecido. Seria ótimo poder voltar àquela estrada.

Tudo pronto, combinado, iríamos partir em plena quinta-feira (folga dos plantões da minha lindinha) rumo a São João pela BR-265, planejando o caminho rápido e tradicional. O melhor ficaria para o retorno. Alguns contratempos. Ao chegarmos no estacionamento com tudo (baús, câmeras, já vestidos com as roupas de viagem) percebi que justamente o trajeto de volta não havia sido carregado no Etrex 10, nosso GPSzinho de viagens e trilhas. Pena, pois sempre é bom ter uma rota marcada quando vamos pegar estradas menores, geralmente com sinalizações deficientes e que passam por dentro de pequenas cidades. Outra coisa: era prudente abastecer. Apesar do combustível no tanque provavelmente ser suficiente para ir e voltar, nunca é bom sair com a quantidade "certa". É bom ter uma folga. Orientação sempre dada pelo meu pai (e pelos pilotos de avião, kkk). Não compensava subir, ligar o computador para carregar as rotas novamente. Saímos então para uma viagem à moda antiga, ou seja, confiando nas indicações da estrada e em meu senso de localização (que, modéstia a parte, é muito bom). Abastecida a Ténéré, pé da estrada para São João.

A viagem de ida transcorreu sem problema algum, por uma estrada que também já está se tornando uma velha conhecida, ao lado da BR-040. A cidade, linda, com aquele sol e luz de inverno. Fomos primeiro à farmácia, cumprir com nosso objetivo primário. Depois, devidamente mascarados, fizemos uma breve visita à praça em frente à famosa e imponente Igreja de São Francisco de Assis.

Saindo de São João, agora sem o suporte do GPS, atravessamos a cidade, pegando a saída para o aeroporto, a estrada para Resende Costa e Lagoa Dourada. Alguns quilômetros depois, encontramos o trevo para a estrada de Prados. Depois de andar bem pouco, já fomos recompensados. Que estrada linda por "trás" da Serra de São José. certamente um percurso que merece ser revisitado de vez em quando.

A pequena cidade de Prados é um charme. Mesmo em um contexto triste de pandemia, dá para ver que é um lugar bem legal para planejarmos uma visita mais demorada. Passamos por incontáveis oficinas e ateliês de artesanato. De lá, trafegamos por pequenas e antigas estradas que serpenteavam por fazendas. Seguimos para Dores de Campos com suas fartas lojas de trabalho em couro e selarias e, de lá, retornamos para a BR-265 chegando em Barroso.

Como não havíamos almoçado ainda (e eu já estava morto de fome), paramos em uma lanchonete no trevo da cidade. Comemos um delicioso pão de queijo recheado e, assim, ficamos aptos a percorrer a perna final de nosso passeio, voltando para Barbacena.

Bons demais esses caminhos mineiros!




















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