sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Capela Nova

Esta sexta-feira foi dia de, finalmente, voltarmos à estrada. Minha lindinha arrumou uma troca dos plantões do hospital em que trabalha (não que não tivéssemos tempo, mas a pandemia nos fez - com razão - ficar em casa) e já era mais do que tempo de visitarmos alguma cidade das redondezas.

Tínhamos planos de dar um pulo a Juiz de Fora para encontrar o povo lá (tio Célio, Daniel, Chuna...), mas não rolou. Chegamos a ver um hotel bacana para passarmos uma noite em Tiradentes (projeto antigo), mas também não dava. Fui então buscar alguma rota que não havíamos feito, alguma cidade relativamente próxima que não tínhamos visitado. Olhando o Google Maps, verifiquei a única descida da Serra da Mantiqueira pela qual não passamos: a descida da MG-275, rumo a Capela Nova, passando por Palmital dos Carvalhos. E foi assim. Capela Nova tornou-se nosso destino.

Saímos tarde pela manhã, passamos no posto para calibrar os pneus e logo já rodávamos pela BR-040. Chegando em Carandaí, desviamos à direita no primeiro trevo de acesso e pegamos a MG-275. Após alguns quilômetros vislumbramos a íngreme descida da serra. Muito linda. No percusso, belas paisagens e fazendas, muitas delas visivelmente históricas.

Passamos por Palmital dos Carvalhos, um pequeno lugarejo e seguimos viagem. A estrada, sinuosa e simples, serpenteava por vales e, às vezes subia por pequenas colinas. Passamos por muitas plantações, o que mostrava uma agricultura muito ativa na região. Avistamos Capela Nova ao longe, no alto. Sim, é como a maioria das cidades criadas a partir de um arraial do período colonial: ao redor de uma capela no alto de um morro (confirmamos mais tarde).

Ao chegar à pequena cidade, paramos no centro, na praça principal, em frente à igreja matriz. Não havia muito movimento (não apenas por se tratar de uma cidade bem pequena e pacata, mas também por causa da pandemia de Cov-19 - passamos, inclusive, por uma barreira sanitária na entrada, com aferição de temperaturas e tudo mais). Passeamos pela praça, tiramos fotos e aproveitamos a visita à pequena cidade, o que nos fez muito bem. Ah, ao lado da bela igreja, um lindo mural feito com azulejos trazia a história do lugar.

Sair de casa, passear (levando nossas máscaras e não tendo contato próximo com ninguém), viajar, pegar a estrada... Como é bom! Apenas curtimos os novos ares. Não fizemos nada de mais. Mas foi o suficiente para recarregar as baterias.

Chegando o meio dia, decidimos voltar e almoçar (ou lanchar) no retorno ou mesmo em, Barbacena. Não vimos muitas opções em Capela Nova, o que é perfeitamente compreensível devido a atual situação.

Esperamos mesmo que toda essa loucura passe, uma cura efetiva seja encontrada e que possamos voltar à normalidade o quanto antes. De qualquer forma, temos de fazer essas escapadas mais vezes!