sábado, 26 de agosto de 2017

Marco dos marcos

É... realmente somos fregueses de Tiradentes. Essa viagem partiu de um convite da minha irmã, Mariana, que acompanharia seu noivo Filipe no festival de gastronomia que acontece por lá. Os dois vão se casar em breve e são ótimas companhias; combinamos muito quando passeamos. No entanto, por compromissos de trabalho, só poderíamos ir à tarde. Bem, não seria problema, pois é uma viagem curta e a gente encontraria lá.

Como sempre queremos buscar lugares legais e diferentes para ir, sugeri à Rochelli que passássemos no grande marco da Estrada Real que existe entre Tiradentes e Santa Cruz de Minas, próximo a uma queda d'água. Eu lembrava vagamente de ter visitado este lugar com uma excursão da escola onde trabalho, há muitos anos, mas nem tinha noção do caminho a partir da pequena cidade.

Bem, saímos depois das 13h, sem saber ao certo como iríamos fazer para almoçar. Acabou de saímos levando alguns lanches que poderiam formar um piquenique (isto já está virando moda, kkk). De início, pensei que a própria região do marco, junto a um pequeno lago que eu lembrava existir, poderia ser um ótimo local de parada e descanso.

O dia estava perfeito. Do jeito que eu gosto mesmo: temperatura amena e céu sem nuvem alguma. A estrada, um pouco movimentada, talvez em razão do próprio festival gastronômico. Tiradentes tornou-se um lugar muito badalado nos últimos anos. De qualquer forma, a viagem foi ótima, com belas paisagens: sempre somos maravilhados pelos morros de Minas.

A chegada já mostrava uma cidade repleta de turistas. Não havia a aglomeração de quando fomos durante o Bikefest, mas mesmo assim as ruas estavam lotadas de um público, digamos, selecionado. Muitos SUVs transitavam nas ruas apertadas e uma estrutura admirável havia sido montada por todo o centro. Tomamos um desvio obrigatório, atravessamos a cidade e pegamos a saída para Santa Cruz de Minas.

O caminho, muito interessante, era todo calçado e alternava campos, morros e pequenas matas. Avistamos ao longe o grande marco da Estrada Real e paramos num estacionamento improvisado bem próximo.

As lembranças que eu tinha do local eram boas, com um lago, uma área gramada e o imponente marco da estrada, sem falar na própria Serra de São José, cujas rochas situavam-se bem próximas, ao fundo. No entanto, ao chegarmos, constatamos que o tempo e, infelizmente, as pessoas haviam mudado o lugar. Algumas pichações em pedras e monumentos e descaso com o que era o gramado. Tudo parecia um pouco largado. Apesar disso, como nossos passeios sempre têm uma atitude muito positiva e são nossos escapes preferidos da rotina desgastante, aproveitamos cada canto de beleza, de natureza e de liberdade que pudemos encontrar. Tiramos inúmeras fotos e observamos tudo. Um grupo de religiosos realizava um casamento, ou batismo, ou outra coisa semelhante próximo às águas. O grande marco ainda impressionava apesar das marcas do tempo e dos seus visitantes (um marco marcado?). Era óbvio que, como lugar de parada para lanche, não estava tão legal, tão harmônico. Além disso, o sol estava rachando e não encontramos sombra com algum lugar confortável para ficarmos. Retornamos a Tiradentes.

Um plano B que tivemos consistia em fazer um piquenique no gramado e árvores próximas ao chafariz. Como os eventos gastronômicos estavam concentrados na praça principal e arredores, talvez aquele chafariz não estivesse lotado e assim teríamos um cantinho para nós. Ledo engano. Ao passarmos pelo chafariz, percebemos que a região toda estava vazia, mas com cordões de isolamento. Certamente planejavam alguma coisa por lá. Prosseguimos então para o local do nosso primeiro piquenique em Tiradentes, o largo da Igreja de Nossa Senhora de Paula, onde algumas pessoas estavam, no gramado. Paramos a moto, estendemos a nossa pequena toalha e espalhamos nossas coisas. O dia continuava lindo.

Ficamos observando o grande movimento enquanto relaxávamos comendo nossos salgadinhos, notando as atitudes das pessoas de grande poder aquisitivo presentes no lugar. Vários drones fazendo tomadas, helicópteros com seus sobrevoos, carrões, etc. Entramos em contato com a Mariana e ficamos sabendo que ela e o Filipe estavam lá no chafariz, nossa segunda opção de parada. Combinamos de encontrar por ali mesmo onde estávamos, próximo à Igreja.

Depois de algum tempo conversando e curtindo o visual da cidade, a Mariana e o Filipe nos encontraram com mais dois amigos. Assim, resolvemos descer a colina onde estávamos e andar pelas ruas repletas de turistas. Tomamos um açaí (que não estava lá essas coisas) e verificamos que a maioria dos lugares não estava aceitando cartões, um absurdo. A partir dessa constatação, nos contentamos em basicamente observar os lugares e o evento em si (a grana estava curta, kkk). Neste contexto, o que mais chamou atenção foi a cozinha completa montada para cursos na praça principal. Parecia um grande aquário, em que cozinheiros faziam inúmeros pratos sob a tutela dos chefs sob os olhares de todo o público que rodeava a estrutura. Muito interessante.

Depois de um dia cheio, em que mal dava para acreditar no tanto de coisas que já havíamos feito, percebemos que já era hora de ir. Ainda assim, pegaríamos um pouco da noite na estrada e já estávamos bem cansados.

Uma viagem rápida, mas que valeu a pena, afinal de contas, carpe diem.

 
  
 
  

sábado, 19 de agosto de 2017

Os carimbos próximos estão chegando ao fim

Infelizmente, os carimbos da Estrada Real próximos da gente estão chegando ao fim. Depois teremos que viajar bastantes quilômetros para conseguirmos carimbos de novos lugares. Então vamos a viagem.

Uns dias atrás, Felipe estava pesquisando mais lugares próximos para irmos pegar carimbos e passear. Então ele pensou em passar em várias cidadezinhas de uma vez só: Barroso, Dores de Campos, Prados, Lagoa Dourada, e Entre Rios de Minas. As três últimas citadas tinham os tais carimbos e é claro que eu topei.

Destino já pronto, resolvemos chamar a Luíza e o Pedro para irem com a gente, mas infelizmente aconteceu um imprevisto e não puderam ir. Vamos marcar outros passeios com eles, claro.

Não saímos tão cedo, umas 9h mais ou menos. Môzinho abasteceu a moto e fomos. Passamos em Barroso, a qual a gente já conhecia... E em seguida Dores de Campos, uma cidade bem bonitinha mas pacata. Com umas milhares de lojas de selas, kkk. Por coincidência encontramos uma passeata religiosa e no meio dela estava um amigo que fiz no curso de segurança do trabalho, o David, que veio logo nos cumprimentar quando nos viu. Kkk. Tivemos que parar um pouco até o pessoal passar para prosseguirmos.

Próxima parada, Prados. Eu já tinha ouvido falar, por causa dos famosos carnavais que costumam ter na cidade. Paramos numa praça central, bem arrumada, mas sinceramente, não achei a cidade bonita. Eu e meu lindo tiramos algumas fotos na praça e seguimos para a Pousada Vila Olga, onde havia o carimbo da ER. Pegamos uma pequena estradinha de terra até chegar lá.

Para nossa surpresa a pousada no meio do nada era muito top; parecia coisa de rico, kkk. Uma piscina linda e uma vista incrível das montanhas. Fomos bem atendidos pela funcionária que nos ofereceu um cafezinho, kkk. Pegamos nosso carimbo, admiramos a pousada por um instante (com fotos, claro) e pegamos estrada rumo a Lagoa Dourada.

Uma estrada linda, com a serra de Tiradentes bem ao nosso lado. Aproveitei para tirar várias fotinhas... Então passados uns 40 min, chegamos a Lagoa Dourada. Nessa cidade sim, eu queria morar. Primeiro porque achei bem agradável e segundo porque tinha muitas padarias com rocambole. E por incrível que pareça, o ponto de carimbo era uma padaria, que tinha o nome de "O Legítimo Rocambole"; que coincidência maravilhosa, kkk.

Felipe parou a moto numa pracinha perto do ponto de carimbo. Então entramos, fomos ao banheiro e perguntamos se era ali mesmo que pegava o carimbo; E era. Na vitrine alguns muitos rocamboles lindos e com uma cara maravilhosa. Meu lindo e incrível noivo perguntou se eu queria, kkk; é claro que sim. Pedi um de doce de leite com morango e Felipe pediu um de doce de leite com amora (sou mais simples nos pedidos, kkk).

Esperávamos um rocambole normal, como os da vitrine. Mas a menina trouxe uma coisa tão linda, cremosa... Achei até que não aguentaria comer de tão grande, kkk. Nossa. Quando comi, percebi que era o melhor rocambole que eu já tinha comido na minha vida... Delicioso! Mozinho também adorou o dele.

Fomos até o caixa para pagar, e pegar o carimbo. Tudo certo! Não ficamos muito tempo na cidade, pois tínhamos que seguir viagem. Mas foi uma experiência ótima. Adorei Lagoa Dourada!

Pegamos estrada para Entre Rios de Minas; Que estrada linda! Fiquei surpresa com as retas, que pareciam levar no céu. Chegando lá, fomos em busca do último carimbo do dia, localizado na Pousada das Pedras. Custamos a achar, kkk. Na pousada tinha uma moça simpática, que nos atendeu muito bem e nos indicou um restaurante que ficava perto de um hospital. Pelo jeito, é uma pousada bem renomada do lugar, pois tinha várias fotos de artistas que ficaram hospedados lá. Saí da pousada cuspindo marimbondo. O que a moça tinha de simpática, tinha de não saber carimbar um passaporte, saiu uma coisa horrível. Deu vontade de mata-lá. Mas môzinho me acalmou, kkk. Fazer o que?

Fomos procurar o restaurante que a moça indicou. Achamos! Prathos de Minas era o nome. Infelizmente pegamos a comida já quase no fim, pois já estava um pouco tarde. Mas comemos por lá mesmo, e foi bom.

Como todos sabem, depois do almoço dá aquela lomba violenta (pelo menos eu fico morta, kkk). Fomos para uma praça em frente ao restaurante, onde deitei no banco com a cabeça no colo do meu gatinho, kkk. Ficamos conversando por um bom tempo ali; diversos assuntos.

O tempo estava mudando, o céu meio nublado, com nuvens escuras... Resolvemos levantar acampamento. Como sou muito sortuda, quando fui colocar minha jaqueta senti uma picada no ombro, parecia uma aranha marrom, kkkk. Quando peguei o treco que me ferroou, fiquei surpresa. Era uma formiga de 0,5 mm, kkkkk... De onde tirou aquela picada monstra meu Deus?? kkk. Meu ombro ficou doendo até chegar em Barbacena, kkk.

Depois de colocarmos as jaquetas (sem formiga), pegamos estrada novamente. Resolvemos parar só no Posto Trevão, na saída de Conselheiro Lafaiete. A estrada que pegamos passava em frente à entrada para São Brás do Suaçuí. Uma estrada boa, começando simples e ficando duplicada depois. Tirei algumas fotos também.

Eu já estava exausta e mô estava com medo deu dormir na moto, kkk. Claro que eu não sou doida de fazer isso. Fui bem acordada até o Posto Trevão. Paramos lá pra dar uma esticada e comer alguma coisa (pessoal, a gente não come muito - da hora do almoço até o posto deu um intervalo de algumas horas, kkk). Comi um pão com frango e Coca-cola e Felipe um espetinho de frango e Red Bull (para ficar bem ligado, kkk).

Pronto. Agora fomos direto até Barbacena. Mais uma hora de viagem e estaríamos em casa. Tentei tirar algumas fotos com a luz do sol se pondo, mas as nuvens não ajudaram.

Só posso dizer uma coisa desse passeio: espetacular! Agradeço tanto ao meu lindo por me proporcionar momentos incríveis como esse. Mais uma aventura para contar para o nosso futuro filho, haha.

PS: Calma gente. Esse futuro filho ainda está muito no futuro, kkkkk.

Bye!

 
 
  
  
  
 
  
 

sábado, 5 de agosto de 2017

Pôr do sol entre amigos

Este sábado foi dia de encontrarmos nossos amigos Gabriel e Yuki, os mesmos que nos acompanharam à pedreira desativada conhecida como Lagoa Azul. Ela havia nos convidado para conhecer o rancho da família dela e, claro, aceitamos de bom grado. Além de uma oportunidade de um pequeno passeio de moto por lugares novos, os dois são ótimas companhias. O Gabriel e a Rochelli cursam veterinária e viajam juntos até a faculdade e, só por isso, academicamente, já têm afinidade, kkk.

Como eu tinha reunião na escola na parte da manhã, combinamos de encontrar num posto de combustível por volta das 14h (não sabíamos a localização do rancho). De lá, saímos pela BR-040 rumo a Alfredo Vasconcelos e, no trevo, pegamos a estrada para Santo Antônio do Potreiro, um pequeno lugarejo não muito distante. Em seguida, mais um pouco no asfalto até pegarmos um acesso de terra até o local. A viagem, brevíssima, mas com belas paisagens rurais, além de trechos em que era possível margear a ferrovia, o que adoro.

Ao chegar, percebemos que a propriedade ficava no fundo de um pequeno vale, rodeado de morros arredondados e com pastos. Tudo muito bonito. A casa principal estava em obra e uma outra muito bonita estava sendo construída mais à frente no terreno. Havia pomares, pastos com gado e lagos para criação de peixes. A Yuki perguntou se queríamos andar à cavalo. Não é minha praia e a Rochelli ficou meio indecisa. Mas havíamos combinado mesmo um piquenique e os cavalos estavam em outra propriedade. Então, decidimos subir um morro próximo à casa para fazer o piquenique lá em cima. O Gabriel e a Yuki disseram que a vista lá do alto era legal.

Ao subirmos constatamos que era muito mais do que legal. Era incrível. E lá no alto havia, além da vista para os quatro cantos, seriemas, pássaros diversos e algumas árvores isoladas muito interessantes. Ótimo lugar para o piquenique e para fotos, é claro. Estendemos as toalhas e as comilanças (sempre levamos muito mais do que podemos aguentar, kkk). Minha linda aproveitou para extravasar a paixão por fotografia, não poupando nada. O Gabriel e a Yuki que o digam, kkk. Acabaram virando modelos de ensaio. Eu tirei minhas fotos também, pois fotografia também é um dos meus interesses.

À medida em que o tempo ia passando e íamos conversando, o sol ia ficando mais próximo ao horizonte e estava claro que seríamos brindados com um lindo pôr do sol naquela tarde. Ficava cada vez mais frio e ventava um pouco lá no alto, mas certamente seríamos recompensados. E não poderia ter sido diferente. Um céu de um lindo alaranjado emoldurou todas as fotos... Realmente incrível!

Com a noite chegando, descemos de onde estávamos e demos uma breve passada na casa do rancho. Depois, pegamos a estrada de volta para Barbacena. Já era noite e curtimos, igualmente, o retorno. Acabamos tomando caminhos distintos e nos despedimos no sinal, já em Barbacena. Embora brevemente, agradecemos à Yuki e ao Gabriel pelo passeio e pelo piquenique e é claro que combinaremos muitos outros...