sexta-feira, 24 de março de 2023

Almoço em Resende, sobremesa em Lagoa

Sexta-feira de tempo bom a mais um convite para pegarmos uma estradinha. Resolvemos visitar novamente uma de nossas cidades favoritas: Resende Costa, com suas lajes formidáveis e esculturas de lagartixas engraçadinhas.

Resolvemos fazer a rota de ida passando por Dores de Campos e Prados, seguindo por trás da Serra de São José, numa das rotas mais deslumbrantes da região. O retorno seria por outro trajeto, passando por Lagoa Dourada e Carandaí, na já também conhecida e bela estrada que passa pelas localidades de Bandeirinhas e Arame.

Saímos de Barbacena por volta das 9h, ainda parando para abastecer as motos. A BR-265 estava muito movimentada e assim seguimos até Barroso, onde pegamos o acesso para Dores de Campos. A partir dali o trânsito diminuiu, mas também a qualidade do piso. Ficamos atentos com sequências entremeadas de buracos, alguns muito fundos. De qualquer forma, estávamos passeando, sem pressa, e não era um problema ficar contornando os obstáculos.

Depois de Prados, a estrada ficou melhor e seguimos sem problemas até alcançarmos a MGC-383, da qual saímos apenas já no trevo de Resende Costa. A rodovia de acesso a Resende é outra bem bonita, subindo logo uma colina após o trevo, mas serpenteando em descida até uns vales por baixo do grande viaduto da ferrovia do aço. Chegando na cidade, iniciamos novamente uma sequência de subidas.

Resende Costa é sempre uma beleza à parte. Passamos pelo centro, próximo à igreja matriz e logo nos instalamos no mirante. Tem uma bela vista para os morros e serras do oeste (e da estradinha de terra que toma a direção de São Tiago - Planos offroad futuros, kkkk). Depois de descansarmos e curtir o local, tomamos a direção da entrada da cidade, para almoçarmos no ótimo restaurante Tempero de Minas. Tivemos uma certa dificuldade em encontrar o caminho de volta até o restaurante, pois algumas mudanças no trânsito haviam sido feitas desde a última vez em que estivemos em Resende. A principal via de acesso ao centro é, agora, mão única. Para sair da região central é preciso contornar a região central por uma parte mais baixa da cidade. Felizmente, estava bem sinalizado e, em pouco tempo, estávamos estacionando nossas motos em frente ao restaurante de comida típica mineira, com fogão à lenha. A comida continua maravilhosa, porém os preços estão um pouco mais elevados. Imagino que seja uma consequência da economia do país em geral, mas também por conta do maior destaque turístico que a cidade vem tendo nos últimos anos. Bem, para a gente, é torcer para que Resende Costa não fique tão elitista e proibitiva quanto Tiradentes.

Depois de almoçarmos, tomamos novamente o rumo da saída da cidade, pela mesma rodovia de acesso e chegamos no trevo com a MGC-383. No entanto, seguimos ainda mais para o norte, na direção de Lagoa Dourada. Invertemos as câmeras GoPro, para as fotos e filmagens ficarem diferentes (geralmente eu ando com a GoPro 9, com que fazemos as filmagens e a Rochelli vai com a GoPro 4, tirando fotos programadas de minuto em minuto). O que ainda não conseguimos fazer é inverter as motos, pois a minha lindinha ainda tem receio de testar a Ténéré, por conta do peso e da altura.

Em Lagoa, fizemos aquela paradinha estratégica para uma sobremesa de rocambole no Legítimo Rocambole de Lagoa Dourada e seguimos nosso caminho de retorno via Carandaí.

Um ótimo passeio para descansar a mente e quebrar a rotina, de quebra ainda aproveitando a culinária da região!













quinta-feira, 16 de março de 2023

Cachoeirinha e Santana do Garambéu

Na quinta-feira resolvemos que já era hora de cair na estrada e de retornar a um dos caminhos mais bonitos que conhecemos: a estrada de Santana do Garambéu. Também seria uma oportunidade de visitar a pequena comunidade de Cachoeirinha, na qual nunca havíamos entrado. A previsão do tempo estava marcando sol, com uma possibilidade de chuva a partir das 14h.

Aproveitando o esquema das sextas-feiras livres, as quais conseguimos, com alguma sorte e malabarismo, manter para este ano, saímos na parte da manhã, não muito cedo, torcendo para que a estrada que iríamos pegar estivesse em boas condições de rodar. As estradas mineiras continuam muito descuidadas.

Saímos de Barbacena e o trecho até Ibertioga, apesar de remendado, já apresentava inúmeros buracos. Não muito profundos, mas às vezes tomando a estrada inteira. Depois da cidade, os buracos continuavam, com menor frequência, porém mais profundos e perigosos. Apesar disso, o passeio estava ótimo, como um tempo muito bom e aquele cheiro agradável de manhã. Passamos várias plantações de eucaliptos bem perfumados. Alcançamos o trevo para Santana do Garambéu e pegamos o melhor da estrada, com suas subidas e descidas bloquetadas. Infelizmente, até este belo trecho já está sofrendo com buracos.

Antes de Santana, contudo, passamos em Cachoeira. Um pequeno lugarejo completamente parado. Demos uma rodada para conhecê-lo (o que não demorou muito) e seguimos viagem. Após transpormos os lindos vales e morros da região, chegamos ao trevo da comunidade do Pico e viramos para Santana.

Em Santana, fizemos uma parada na pequena igreja de pedra no topo da colina oposta à entrada da cidade (Igreja São Francisco de Assis). Em seguida, procuramos alguma lanchonete para tomarmos um café. Paramos em uma lanchonete/hotel no centro da cidade, que parecia bem organizado. Ao entrarmos, vimos que não tinha praticamente nada (e que o lugar nem era tão organizado assim). Pedimos um café com leite, um refrigerante e um desses pacotes de batata dessas industrializadas, tipo Elma Chips.  Bem, o café com leite estava impossível de ser tomado, com um cheiro estranho. Não deu. Mas aproveitamos as batatinhas, ficando pouco tempo no lugar. Decidimos tentar ir à cachoeira da Água Limpa, se o acesso estivesse transitável, apesar das fortes chuvas.

Seguimos até a cachoeira sem percalços. Bom para a minha lindinha ir treinando as habilidades no offroad. Uma equipe de funcionários, acho que de manutenção da estrada, estavam descansando nos quiosques próximos às quedas d'água. Cumprimentamos o pessoal, estacionamos as motos e visitamos as cachoeiras, tanto as quedas de cima, quanto as debaixo, mais fechadas. Foi bem agradável poder descansar a mente e recompor as energias ali.

Baterias recarregadas, decidimos retornar antes que o tempo (segundo a previsão), piorasse. Voltamos tranquilamente pelas mesmas belas estradas, com atenção aos buracos e chegamos novamente em Barbacena com um pouco de fome. Paramos na tradicional padaria Aurora para comermos um lanche reforçado que acabou substituindo nosso almoço do dia.

Como é bom manter o contato com nossa região!