sábado, 1 de dezembro de 2018

Almoço em Santa Bárbara

Os planos eram grandes, a vontade de pegar a estrada, maior ainda. Já fazia algum tempo em que não saíamos por aí, buscando algum lugar legal para ir. Duas ideias: viajar de moto por algum lugar por nós ainda inexplorado ou pegar o carro e visitar algum lugar mais próximo com uma estrada decente. No meio da semana, começamos a estudar destinos e acabou que ficou mais ou menos certo de darmos um pulo em Santana do Garambéu, de moto, cidade que ainda não conhecemos. Preparei os equipamentos e câmeras, além de lanches, para um possível piquenique numa das cachoeiras que lá existem. A ideia era sairmos logo após minha reunião na escola, já que o destino não era tão longe assim. Tudo certo, exceto o tempo, kkk.

O sábado amanheceu chuvoso e feio. Mas feio mesmo. De qualquer forma, fui ao meu compromisso com a moto toda pronta para o passeio, pois já viajamos com tempos nada bons e curtimos. Mas era claro que a ideia de cachoeira tinha ido por água abaixo. Quando finalmente cheguei em casa, alteramos tudo e partimos para o plano B: carro. O importante era ir a algum lugar: viajar era preciso, kkkk.

Como minha lindinha nunca havia pegado uma boa serra dirigindo, sugeri que fôssemos à famosa Santa Bárbara do Tugúrio, já para almoçar. Como de outras vezes em que fomos de moto, definimos a Parada Olhos D'Água, que serve ótimos pratos de tilápia, como nosso local do almoço daquele dia. O trajeto em si já era novidade para a Rochelli, com o tempo super fechado, chuva e, eventualmente, neblina, consistia em um novo e diferente desafio.

Saímos de casa bem mais leves (deixando toda a tralha que serviria ao passeio de moto para traz) e levamos somente o GPS, para marcar o trajeto, e câmeras fotográficas (não ficamos sem elas, pois somos apaixonados por fotos).

A viagem transcorreu tranquilamente, apesar da estrada estar relativamente bem movimentada, inclusive no trajeto de serra. Na descida, tudo branco. Era impossível ver qualquer coisa além dos limites dos guard rails. Tempo feio, paisagem bonita. Linda, nas palavras da minha lindinha.

Chegamos, fizemos o pedido e em pouco tempo estávamos saboreando porções maravilhosas e fartas de um ótimo peixe. Conversamos e pude até tomar uma cerveja, já que geralmente estou pilotando. Cerveja está longe de ser minha bebida favorita, mas foi uma boa combinação para o prato servido.

Terminado o almoço, rota serra acima, retornamos. Em pouco tempo estaríamos em casa, já que o trajeto é curto. Apesar do tempo fechado e chuvoso, foi um ótimo passeio. Bom para colocar o carro na estrada para variar e para a minha lindinha curtir a direção numa estrada de vez em quando. Experiência que, acumulada, é fundamental para novos e mais longos passeios.


sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Revisitando o passado

Aproveitando o feriado de 12 de outubro, resolvemos tirar o dia para um passeio. Pensamos em duas opções: visitar um parque com cachoeira em Congonhas ou voltar a Juiz de Fora para um passeio. A segunda opção prevaleceu e resolvemos sair na sexta-feira pela manhã.

No dia seguinte, tempo bem fechado. Nublado e carregado. E acabou que, quando pegamos a estrada, uma garoa forte foi se transformando numa chuva fina. Porém, seguimos nossa viagem e nossa programação. No trajeto, inúmeros acidentes. Muitos carros rodados e batidos. Em função do feriado prolongado, a estrada estava muito cheia e o pessoal sempre abusa. O trecho da 040 que passa pela subida da Mantiqueira requer atenção e prudência. Seguimos nossa viagem sem qualquer problema e chegamos em Juiz de Fora.

A ideia era revisitar alguns dos lugares que marcaram o tempo em que eu vivi lá, morando no apartamento da minha avó e cursando História. Tempo bom e já distante.

Primeira parada, o antigo apartamento em que vivi. Está atualmente alugado, mas foi bem legal parar a moto lá em frente e relembrar a rua sem saída no Morro da Gloria. Minha lindinha nunca tinha tido a oportunidade de ir lá com calma. Aproveitamos para esticar as pernas e rever o lugar.

Saindo de lá, rumamos para a UFJF, onde me formei. Muitas coisas mudaram por lá, para começar a Faculdade de História, que migrou para o novo ICH. Contudo, queria mostrar para minha lindinha a minha antiga faculdade, então paramos próximo do antigo ICHL, hoje Faculdade de Letras. Estava tudo lá, praticamente como era, e num estado um tanto quanto degradado. Realmente as instituições federais têm sofrido bastante com a falta de verbas do último governo. Bem, na minha época também não era muito diferente disso. Tudo vazio em função do feriado. Mas foi bom voltar e ver tudo aquilo de novo. Sair de Barbacena para estudar na UFJF é um baque e tanto e foi a época em que mais amadureci e aprendi na minha vida. Abrir a cabeça é bom demais e olhe que nunca fui muito do tipo embotado ou alienado. De lá, passamos na nova reitoria (nova para mim, pois na minha época era a Biblioteca Central). Acabamos encontrando um bom restaurante num centro de vivência e aproveitamos para almoçar.

Depois do almoço fomos ao Aeroporto da Serrinha, dar uma olha em como andavam as coisas por lá. A Rochelli nunca tinha ido a esse aeroporto e, apesar do tempo meio ruim, quisemos passar lá de qualquer jeito para mostrar para a minha lindinha. No caminho, ainda passamos pelo estádio municipal, local onde tirei minha carteira de moto. Todos lugares bem legais de rever. O aeroporto estava bem morto, como era de se esperar. Mas ficamos um tempo por lá descansando e observamos. Ao menos pudemos ver uma decolagem de um bimotor (parecia um King Air C90).

Se antes pensávamos em ir ao Parque da Lajinha, para passar o resto da tarde, com a garoa toda, ficaria inviável. Pensei em levá-la à usina de Marmelos, porém, com o tempo daquele jeito também não seria um lugar tão legal. Acabamos alterando nossos planos e rumamos ao shopping Jardim Norte. Seria um bom lugar para passear, ver algumas lojas e, eventualmente, comer alguma coisa mais tarde.

Passando pelo centro da cidade, aproveitando o trânsito calmo do feriado, pudemos ver mais um pouco de JF. Realmente é uma cidade boa, dinâmica e, o que é melhor a meu ver, não tão grande. Ainda não tem aquela loucura toda de algumas capitais.

O shopping estava bem cheio, mas foi bom termos ido lá. Comemos umas bombas na Fábrica de Doces Brasil, praticamente uma tradição na minha família, kkk. Rodamos tudo. Em especial as papelarias (não sei bem o porquê, mas sempre gostamos de passar nas partes de escritório e tal). Nossa ideia não era torrar dinheiro, mas apenas passear, ver o burburinho e as diferentes lojas que não existem na nossa terra. Estávamos quase que como extraterrestres num mundo novo, andando com as roupas de viagem de moto no meio do shopping, kkk. Legal, pois realmente não somos comuns (e não de uma maneira de querer aparecer, mas mesmo de não se importar tanto). Isso é ótimo.

Quando achamos que já havíamos visto o suficiente, resolvemos subir a serra de volta para casa, para uma mais uma viagem tranquila, agora sem chuva. Durante todo o trajeto pudemos ouvir música e trocar ideia quando necessário, graças aos novos comunicadores, mais uma vez, aprovadíssimos.

Mais uma quilometragem para a moto e para nós mesmos!

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 


 


sábado, 6 de outubro de 2018

Mais da Estrada Real

Quando percorria o mapa da região com os olhos, muitas e muitas vezes me deparava com Queluzito. Sabia já, por estudar história que a região próxima a Conselheiro Lafaiete (antiga Queluz) fazia parte do circuitos de antigas estradas do ouro, hoje genericamente chamado de Estrada Real. A rota consistia em uma estrada de acesso a partir de um trevo na BR-040, marcado por um grande posto e restaurante convenientemente chamado de Trevão.

Quando minha lindinha começou sua faculdade de Medicina Veterinária em Lafaiete, eventualmente mencionava conhecer pessoas do lugar, o que acabou colocando mais Queluzito em meu mapa mental de possíveis lugares para visitar de moto. Andei pesquisando na internet também, vendo fotos e analisando, como sempre faço e terminei por descobrir mais um lugar além. Este, nunca realmente havia nem pensado: Casa Grande. Para minha surpresa, ambos pequenas paragens do Caminho Velho da Estrada Real, que ligava a região de São João del-Rei, Tiradentes, Prados e Resende Costa à antiga capital, hoje Ouro Preto.


Num dia com tempo meio fechado, pegamos a estrada. Estávamos doidos para viajar de novo, cheios de compromissos que estamos durante a semana (e também aos finais de semana). Apesar do tempo nublado, a estrada estava ótima. Passamos pelo Trevão, deixando para traz uma 040 pouco movimentada e avançamos por uma estrada bem asfaltada, porém estreita, que variava seu traçado predominantemente por lugares mais altos e alguns vales.

A chegada a Queluzito é bem interessante. Na parte central, demos de cara com os fundos de uma igreja, que mais tarde percebemos se localizar num alto de colina. Sua frente, portanto, voltada para o centro do lugar abria-se para uma grande descida. Avançando, chegamos à praça central, muito bem cuidada, por sinal. Tudo muito parado, como usualmente acontece nos pequenos lugares por que passamos. Uma bela igreja histórica encimando a praça com coreto e alguns cavalos presos às árvores. Aproveitamos para tirar muitas fotos. De lá, circulando pela pequena cidade, rumamos para o norte, seguindo o casario e pegando uma estrada diferente da que estava mapeada. Achei inicialmente que daria uma volta, numa variante, que se encontraria com a estrada para Casa Grande. Ledo engano, kkk. Na verdade, tratava-se de outra estrada, a qual iria, provavelmente, para o lado de São Brás do Suaçuí. Percebido o equívoco, retornamos, passamos novamente pela praça do centro e tomamos o rumo de Casa Grande pela rota já traçada no GPS.


Uma estrada ainda mais simples, asfaltada também, com belas fazendas e sítios. Algumas pontes bem estreitas, do estilo passa-um e chegamos a Casa Grande. O lugar é uma típica cidadezinha do interior de Minas. Isolada, quieta. Ruas paradas, tudo fechado. Não havia muita coisa para fazer por lá. Circulamos por algumas ruas sendo observados pela população local e chegamos a uma igreja, procurando o centro. Tiramos boas fotos, apesar do tempo fechado. A fome estava batendo e tínhamos o plano de almoçar no posto Trevão. Era, portanto, hora de voltar à 040.

A viagem de volta se deu com a mesma tranquilidade da ida. Estrada bonita, esta de Casa Grande e Queluzito. Ao chegarmos no restaurante, já um tanto tarde, encontramos o lugar bem vazio, mas tivemos a oportunidade de encontrar a dona do lugar, quem por coincidência cursa veterinária em Conselheiro Lafaiete. A Rochelli já a conhecia. Pessoa muito simples e simpática que estava lá com sua família. Almoçamos muito bem, com grande variedade, inclusive de churrascos.

Satisfeitos e refeitos, com mais um passeio de descoberta, voltamos a Barbacena. Mais alguns lugares para nosso blog e, mais importante, para nossas mentes e sentimentos.