sábado, 20 de abril de 2019

Árvores, cachoeira e piscinas

A ideia deste passeio surgiu com a Rochelli navegando em suas redes sociais. Vendo fotos de algumas pessoas conhecidas, descobriu o Parque Ecológico da Cachoeira, situado em Congonhas e me mostrou. Gostamos do que vimos e, claro, marcamos no mapa como ponto de interesse para nossas próximas viagens. Alguns destinos foram visitados primeiro, mas já era chegada a hora de conhecermos o parque pessoalmente.

Minha lindinha entrou em contato com a Luíza e com o Pedro, afinal, já fazia algum tempo que havíamos encontrado para visitar a Cachoeira do Fagundes. Era um feriadão e eles viriam a Barbacena. Então, no sábado iríamos juntos visitar o tal parque.

Marcamos a saída para as 7h da manhã de sábado. Quando já estávamos na Roselanche, restaurante à margem da BR-040, ficamos sabendo que o Pedro teve uns contratempos. Eu e a Rochelli aproveitamos para comer alguma coisa, ir ao banheiro, essas coisas. Às 8h, nossos amigos chegaram, abasteceram a linda Ténéré 660 e partimos rumo a Congonhas!

Tudo tranquilo na ida. O tempo estava perfeito, com um céu completamente azul sem estar tremendamente calor. Só havia um problema: o acesso para a estrada do parque era depois do trevo de Congonhas e na mão contrária. No dia anterior, em que acabamos encontrando na casa de nosso amigo Fred, olhamos a rota e não vimos retornos próximos. O jeito era ir e verificar in loco uma maneira de atravessar ou retornar para pegarmos o acesso na mão certa da via.

Chegando em Congonhas, passamos o trevo de acesso à cidade, continuamos pelo contorno e paramos mais ou menos em frente ao acesso para a estrada da cachoeira, só que na mão contrária. O trânsito era intenso. Não havia visão para uma travessia. Prosseguimos. Passamos o posto da Polícia Rodoviária Federal e rodamos, rodamos, rodamos... Nada. Nenhum retorno. Foi só quando chegamos ao lugar chamado Pires é que vislumbramos uma oportunidade mais segura de fazer o retorno. Demorou, pois a estrada estava realmente lotada, mas fizemos. Voltamos os bons quilômetros que rodamos para lá da entrada e pegamos finalmente o acesso ao Instituto Federal, que também serve de acesso ao parque ecológico.

Conhecendo já algumas estradas para cachoeiras, esperava alguma subida ou encosta. Ou mesmo alguma descida abrupta para um vale. Considerando a cidade de Congonhas e a direção (norte) que estávamos tomando, realmente esperava alguma subida generosa. Não foi o que encontramos pela frente. Na estrada simples e bloquetada, pessoas correndo ou caminhando com cães. O trajeto para o parque é urbanizado e plano. Repleto de quebra-molas. Chegamos, paramos e descarregamos tudo.

Na entrada compramos os bilhetes (R$10,00 por cabeça) e ficamos sabendo que o restaurante estava fechado (talvez em função do feriado prolongado - Semana Santa). Ruim, já que tínhamos planos de almoçar por lá ou ao menos petiscar. Informaram que poderíamos sair do parque para almoçar na cidade (na entrada, colocam aquelas pulseiras, permitindo a saída e o retorno no mesmo dia). Decidimos que ficaríamos por ali e faríamos um lanche com os biscoitos que eu e a Rochelli sempre levamos para piquenique, kkk. O almoço (ou lanche) oficial ficaria para mais tarde, quando a fome apertasse bastante e nossos "suprimentos" não fossem suficientes.

O lugar é muito bonito. Lindo mesmo. Há espaço para camping, piscinas com diversas profundidades (uma com tamanho olímpico), churrasqueiras, trilhas, quadras, cursos d'água, banheiros limpos, um restaurante grande (fechado), uma sorveteria (também fechada neste dia) e, ao fundo, uma belíssima cachoeira em um tanque formado por um pequeno dique. A água do tanque estava turva, mas isso não impedia a beleza do lugar. Afinal, natureza é isso.

Apesar da água muito fria, eu e o Pedro entramos. As meninas evitaram. Ficaram aborrecidas com alguns frequentadores do lugar que, incomodados com a presença de algumas pererecas boiando na água queixaram-se para os salva-vidas. Algumas pobres pererecas acabaram mortas sem motivo. E nós é que estamos invadindo seu espaço, né? Um absurdo. Alertados, os funcionários do local desconversaram, concordando com os argumentos ecológicos das meninas. Muitas pessoas que encontram animais diferentes têm medo. O problema é que pensam logo em matar para acabar com a ameça. Ameaça? Pois é.

Depois de nadarmos naquela geladeira, procuramos um local plano e seco para fazermos nosso piquenique improvisado. O primeiro lugar em que deixamos nossas coisas acabou ficando bem molhado pela água que vinha da cachoeira. Sorte que deixamos tudo sobre alguns bancos.

Toalha estendida, biscoitinhos e água para todos, kkkk. Deu para enganar a fome, pois sempre levamos mais do que conseguimos comer. Tiramos fotos e logo saímos para conhecer todo o parque. Andamos por trilhas em meio à mata, visitamos as áreas de churrasco, as partes altas e baixas. Até brincar no balanço o pessoal brincou. Realmente um ótimo lugar para ir com a família.

Decidimos que era hora de ir embora e tentar fazer um lanche reforçado. Lembrávamos que havíamos passado em frente a um restaurante grande na entrada da 040, em direção ao IF. Saímos sem roupas de viagem e rodamos o acesso no sentido contrário apenas para descobrir que a saída não permitia retornar ao restaurante. Como fazer retornos na estrada naquele trecho era praticamente impossível, já tínhamos visto, resolvemos seguir até Congonhas, entrando na cidade. Lá, fomos ao centro de atendimento ao turista, logo na entrada, que conhecíamos de outra passada por lá, em busca de carimbos da Estrada Real. Vestimos nosso equipamento e pegamos a estrada de volta para Barbacena.
O lanche ficou para a parada em Conselheiro Lafaiete, no restaurante do nosso já conhecido Posto Trevão. Lá conversamos e comemos, já comentando sobre tudo o que vimos nessa viagem. De tanto rodar de moto e também no parque, estávamos cansados. Aquele cansaço bom de realização.

De volta a Barbacena, nos despedimos de nossos queridos amigos e companheiros de viagens. Mais uma para a conta! Outras virão, como sempre! Valeu, Luíza! Valeu Pedro! Até novos encontros, em novas estradas, rumo a novos destinos!