sexta-feira, 25 de março de 2022

Ligações

Esta sexta-feira foi dia de voltar a rodar com o Samuel. Inicialmente, estávamos pensando em dar um pulo em Santana dos Montes. Mas o Samuel preferia um percurso com estradas menos movimentadas e, eventualmente, algum trecho não pavimentado. Comentei com ele que havia uma estrada de ligação entre o distrito de Padre Brito e a cidade de Barroso pela qual eu nunca havia passado e que seria interessante de explorar.

Na véspera, mapeei o trajeto e coloquei no GPS. Uma preocupação que surgiu, além do completo desconhecimento da estrada foi a constatação, através do perfil de elevação do Google Earth, de uma decida de 200 m em um trecho muito curto do trajeto: sinal de pirambeira (como se diz por aqui, kkk) e de terra. Dependendo da qualidade da estrada de chão (valas, pedras, sulcos...), poderia ser um problema. De qualquer forma, era ir para ver e avaliar no local. Marcamos de encontrar no posto às 8h.

Após abastecer, pegamos a saída para Campolide, no Belvedere. Após o distrito, a estrada asfaltada se deteriorou rapidamente: repleta de buracos. Muito diferente da última vez em que eu passei (havia remendos, mas não as panelas que encontramos pelo caminho). Em alguns trechos, eram tantos que ficava difícil desviar, em outros, crateras isoladas e perigosas, pois éramos pegos de surpresa. Paramos na localidade de Ponto Chique do Martelo para iniciar o trajeto de terra até o distrito de Padre Brito.

Essa estrada já me é conhecida, já o Samuel está pegando quilometragem - como ele mesmo diz - e variar os pisos é sempre legal. Contudo, mesmo para mim, é uma estrada que está cada hora de um jeito diferente. Às vezes, barro, às vezes buracos, às vezes bolsões de areia solta: é sempre uma surpresa. É uma rota bonita, com partes altas, sobre os morros e algumas fechadas pela mata, com ótimas vistas do campo. Um verdadeiro poeirão, mas tudo tranquilo até o distrito.

O distrito de Padre Brito é, para mim, sempre a mesma coisa. Praticamente morto. Tudo parado e fechado, com poucas pessoas aqui e ali, que geralmente ficam olhando fixamente, como se não vissem outros seres humanos há meses... Paramos um pouco na pequena praça em frente a igreja principal, conversamos e avaliamos a estrada até ali, sem saber o que esperar do outro trajeto, até Barroso. Perguntei uma rara senhora que passava as condições da estrada e ela disse que estava ótima, bem melhor do que aquela da qual havíamos vindo, citando o cuidado do município de Barroso e inclusive trechos asfaltados de descida (!). Bem, era continuar para conferir.

Seguimos a estrada, que estava em relativas boas condições. Mas, de longe, pior do que o trecho entre o distrito e Ponto Chique. Subidas e descidas com valas causadas pelas águas das chuvas, alguns bolsões de areia e algumas partes com terra batida, muito lisa. Deve ser bem ruim para os carros, mas, com as motos, dava para desviar e ir seguindo, sem maiores problemas. A maior atenção, como sempre, era nas descidas com pedregulhos e terra fofa. Numa delas, fui surpreendido com um bolsão de areia e quase levei o pé ao chão, no reflexo. O Samuel, que estava atrás, viu e passou mais pelo canto. Apesar disso, várias partes da estrada foram recompensadoras, com belas vistas no alto, matas perfumadas de eucalipto e sombras das árvores, que pareciam podadas por um ou outro caminhão que deve trafegar por ali. Em pouco tempo pudemos ver, no alto de um morro mais imponente a torre de TV de Barroso: sinal de que estávamos chegando à cidade. Paramos em um entroncamento para tirar algumas fotos ainda na parte alta da estrada. Depois disso, a tal descida foi bastante tranquila, tomados os cuidados aos quais já me referi. Aqui, uma nota de como os recursos tecnológicos podem sim passar uma impressão errada da realidade, apontando um declive acentuado que, de fato, não existia. Sei que os perfis de relevo são apenas estimados e tal, mas, mesmo assim. Nada de asfalto, porém, como a senhorinha havia dito, kkk.

A chegada em Barroso foi bastante tranquila, passando por um loteamento novo e bem asfaltado. Apesar de alguns erros (por conta do zoom do GPS), percorremos os bairros e chegamos à praça principal, onde paramos para trocar impressões dessa nova rota e eventualmente lanchar. Como não lembrei de nenhum lugar interessante logo ali no centrão nervoso, sugeri rumarmos para a saída para a BR-265, em cujo trevo sabia existir uma lanchonete com pães de queijo recheados. Paramos por lá.

De Barroso a Barbacena, a estrada já é uma velha conhecida e o trajeto é bem curtinho, mas acredito que foi bem legal para o Samuel, que nunca havia ido para os lados de lá de moto. É uma boa experiência e uma porta para várias cidades e lugares legais como Tiradentes, Dores de Campos, Prados, Resende Costa, Carrancas... Não tem limites quando a vontade é passear. Eu mesmo comecei a ir cada vez mais longe depois que eu e a Rochelli chegamos em Barroso pela Linha da Oeste e voltamos pela rodovia, ainda com a Brosinha (o relato está aqui no blog). A verdade é que rodar em estradas é muito, muito melhor do que ficar para lá e para cá na cidade, com seus trânsitos loucos, sinais, etc. Acabou que esqueci de propor uma troca de motos dessa vez. O retorno foi tranquilo até Barbacena, onde, depois de uma passadinha na casa do Samuel e a promessa de voltar lá com a Rochelli para conversarmos com a família do Samuel (segunda promessa, hein...), finalizamos o passeio.

Infelizmente, quando cheguei em casa verifiquei que todas as fotos que havia programado na GoPro (disparo automático de 30 em 30 segundos) foram perdidas! A câmera estava em um modo errado. Felizmente, os vídeos estavam salvos e tiramos fotos com celulares e com a minha Canonzinha. Mas, o importante é a vivência de curtir a estrada. Talvez a ausência de fotos mais precisas da estrada sirva de motivo para um retorno (como se fosse necessário, kkkk)!













segunda-feira, 21 de março de 2022

Piquenique na gruta

Olá. Rochelli por aqui. Quanto tempo né? Dessa vez vim falar um pouquinho do nosso final de semana maravilhoso. 

Eu e meu lindo resolvemos dar uma escapada no final de semana. Tiramos o sábado e o domingo só pra gente, pois fazia tempo que não fazíamos algo devido os trabalhos e estudos. Felipe havia ido com Samuel em uma gruta, mostrada numa postagem anterior, e me contou que era um lugar bem legal para um piquenique. Então, resolvemos passar um tempinho por lá. Já havíamos passado em frente a gruta, em uma ida a Remédios, mas não paramos, então eu não conhecia o lugar.

Antes de ir, passamos no posto para abastecer e no mercado para comprar o lanche para o piquenique. Compramos coisa até demais, kkkk.

Chegamos, estendemos nossa toalha e colocamos as guloseimas espalhadas, e a motoca estacionada bem do nosso lado. Ficamos algumas horas por ali, conversamos bastante, comemos bastante e o principal, relaxamos e recarregamos as baterias com aquele silêncio, natureza e paz ao redor.

Depois de um tempo resolvemos voltar para casa, mas antes passamos em Simão Tamm para conhecer, mas, se tinha umas dez casinhas, era muito, kkk.

Retornamos para nossa casinha. Foi tão bom passar essas horas fora, só eu e o meu menino. Acho que todo casal deveria tirar um tempo para curtir um ao outro, longe de trabalho, estudo, outras pessoas. Precisamos disso para conseguir levar a semana longa e cansativa.

Nosso final de semana foi em um lugar simples, tranquilo e incrível. Vamos repetir! Com certeza vamos! 











sexta-feira, 18 de março de 2022

Passeio de exploração

Nesta sexta resolvi fazer um passeio exploratório, para conhecer a localidade de Costas da Mantiqueira e conferir um acesso entre a mesma e o distrito de Senhora das Dores. Na véspera, defini um pequeno circuito no GPS, para ter como referência. Esse seria mesmo um passeio solo, pois a Rochelli não tem as manhãs de sexta, por conta do trabalho. O Samuel contou que havia tomado um reforço da vacina contra covid e ficou derrubado.

Pela manhã segui pela BR-040 até o trevo de acesso aos Costas e rapidamente cheguei ao vilarejo. De lá até Senhora das Dores a estradinha de terra é bem interessante, passando por diversas propriedades rurais (algumas bem antigas) e margeando, por um tempo, o Rio das Mortes, que ali é apenas um pequeno curso d'água. Alguns trechos estavam com muitas pedras, colocadas propositalmente para garantir a passagem nos períodos de chuva (como choveu bastante neste ano, acredito que a estrada possa ter ficado praticamente intransitável, o que justificou as intervenções).

Ao chegar em Senhora das Dores, por um acesso que eu nem conhecia, tomei novamente o rumo de casa, agora pela MG-132. Boas descobertas em um passeio curto.