Hoje aproveitamos o feriado de Tiradentes para fazer um passeio pela região. Como sempre ultimamente, procuramos os matos... kkkk. Assim podemos evitar qualquer tipo de aglomeração, sem colocar qualquer pessoa (e nós mesmos) em risco nesta pandemia.
Tivemos a ideia de fazer um passeio curto, porém demorado. Na verdade, um passeio fotográfico, meio ensaio, meio passeio. Escolhemos dois conhecidos pontos elevados que certamente dariam ótimas paisagens para fotografias. O dia estava perfeito: tempo ameno já mais para o friozinho e céu completamente azul.
Saímos pela manhã e tomamos o rumo do Distrito do Faria. Lá, uma estrada muito especial para a gente e para o início de nosso namoro, paramos na serinha que dá vista para um grande vale, já na parte de terra após o distrito, na direção de Severiano Resende. Que ponto lindo. Aproveitamos e tiramos dezenas de fotos.
Depois, voltando para Barbacena, experimentei (sem mapear, o que é raro) tomar um "atalho" para a BR-265. Sabia que havia uma ligação entre a estrada do Faria e a 265 e já tinha inclusive visto mais ou menos o trajeto no Google Earth, mas não havia mapeado da forma como eu costumo fazer para estradas novas, verificando o perfil de elevação, por exemplo (principalmente em estradas não pavimentadas). O trecho, porém era curto e lá fomos nós, animados. Algumas subidas e descidas cascalhadas, mas nada preocupante. Minha lindinha pediu para pararmos ao avistar um gavião e aproveitamos para curtir a nova passagem, observando os imponentes pássaros.
Como planejado, alcançamos a 265 na altura da Saint Gobain e contornamos Barbacena, agora pegando a conhecida BR-040. Decidimos ir a um pequeno mirante que existe na Serra de Santa Bárbara, poucos quilômetros após o pedágio e o trevo para estrada de Santa Bárbara do Tugúrio, logo no início da descida da serra. Já havíamos parado lá brevemente uma vez, mas nunca tínhamos ido "para ficar". Um local lindo, arejado e, geralmente vazio. Ponto de parada para vários motociclistas, que sempre ficam do lado de fora conversando.
Chegamos, vimos vários motociclistas com grandes motos, inclusive duas belíssimas Ténéré 1200 e ficamos por lá umas boas horas, tirando fotos do alto da serra. Acabamos comendo uns salgados e uns pastéis lá mesmo, do lado de fora. Deliciosos. Algumas pessoas pararam por lá no tempo em que ficamos parados (ciclistas cansados da subida da serra, mais motocilistas com outras motos top de linha, algumas pessoas com cães em seus carros para tirar fotos, etc.). Serviu para nos lembrar que, mesmo na pandemia, existem lugares muito abertos que, tomando nossas precauções habituais como uso de máscaras e álcool em gel, não apresentam situações de alto risco.
Satisfeitos com o ótimo passeio que teve de tudo (terra, estradinha, estradão e muitas, muitas fotos), voltamos. Chegamos em casa com aquele gostinho de liberdade que apenas um bom passeio de moto pode propiciar.
A pandemia continua descontrolada e causando consternação. Mais uma vez os passeios cessaram e voltamos ao alerta máximo buscando isolamento. Contudo, uma breve escapada para o "mato" foi possível na companhia do grande Samuel. Minha lindinha, trabalhando bastante, não pode ocupar a garupa desta vez. Um passeio curto pelas estradinhas de terra da região, mas repleto de história, memória e muito, muito papo!
Tomando os cuidados, evitando paradas em locais com pessoas, percorremos o antigo leito da Linha da Oeste, de Campolide à Antônio Carlos e rumamos para as origens de Barbacena, na Fazenda da Borda do Campo. Sempre ótimo poder revisitar locais tão marcantes! A cada parada, uma boa conversa sobre motos, estradas, experiências. E a estrada de terra batida, estava um luxo! Completamente aplainada, limpa e seca: melhor do que muitos dos asfaltos e calçamentos de nossa cidade!
Da Borda, seguimos para o velho entroncamento da Estrada Real com a antiga União Indústria, retornando por Sá Fortes e pela rodovia moderna. Um trajeto com estradas bem diversas para testarmos vários tipos de condução.
No retorno, já em Barbacena, uma longa parada no posto Pelicano, onde perdemos a noção do tempo conversando...
Bom para a mente, bom para a alma. A primeira, espairecida, a segunda, lavada!
Valeu, Samuel! Já articulando as próximas estradas!
