sábado, 15 de agosto de 2015

Origens de nossa terra

Depois de ter introduzido minha lindinha no universo dos passeios de moto (fiquei muito feliz pelo fato de ela ter gostado e de ter agora uma companhia para minhas pequenas andanças), idealizei um novo passeio, agora um pouquinho mais longo, mas que passaria por lugares ainda mais interessantes.

Antes, uma pequena impressão: foi ótimo ver que a Rochelli achou tudo muito interessante, e não teve receio nenhum. Além disso, ficou encantada com as estradinhas de terra das quais eu já gostava. Até achou a Bros confortável, vê se pode.

Saímos de Barbacena em direção à localidade de Campolide, já aproveitando para passar em alguns trechos do leito da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, ou, como é mais conhecida na cidade, a Linha da Oeste. Havia um ramal que ligava Campolide até Barbacena.

Em Campolide, uma constatação não muito agradável. A antiga estação está completamente depredada, com um aspecto horrível. Além disso, muita ocupação desordenada tem deixado o lugar com aspecto feio. Bem, seguimos a rota que planejei, pegando agora o antigo tronco principal da linha, entre Campolide e Antônio Carlos. Nesse trajeto, belas fazendas, pontes e uma paisagem bucólica num dia bonito.

Chegando a Antônio Carlos, uma pequena cidade com uma pracinha e uma locomotiva preservada dos tempos da ferrovia, rumamos para a Fazenda da Borda do Campo e para o antigo mosteiro/colégio que também existe lá.

A fazenda é linda. Preservada por uma família de posses e poder político, é o local que servia de hospedaria aos viajantes no século XVIII. Com o crescimento, deu origem, no planalto alguns quilômetros à frente, ao Arraial da Igreja Nova da Borda do Campo, mais tarde elevado à categoria de vila com o nome de Barbacena.

Próximo à fazenda, uma imponente construção do Seminário da Borda do Campo. Uma construção muito mais recente que a fazenda, claro, mas que também impressiona. Como construir algo tão grande e bonito no meio do nada, com toda a dificuldade de transporte de materiais? Realmente interessante. Eu e a Rochelli aproveitamos o visual para tirarmos fotos. Passeamos pelo antigo seminário conhecendo o lugar, hoje bem aprazível (serve para inúmeros encontros católicos, inclusive com alojamento e refeitório recém construídos). Tudo muito bom.

De lá, retornamos, agora por outro caminho. Pegamos a Estrada Real no sentido Santos Dumont até o ponto em que a mesma se encontra com a antiga estrada União Indústria, pela qual voltamos até a localidade de Sá Fortes. O último trecho, asfalto bom de Sá Fortes a Barbacena.

Foi um ótimo passeio e a impressão que ficou é que muitos ainda viriam. A liberdade nos sorria: só bastava traçar linhas no mapa...