segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Mudança de rota

Depois de rodar no domingo em meio a uma neblina intensa, a segunda-feira, feriado em Barbacena, seria uma boa oportunidade para um passeio mais elaborado com a Rochelli, já que seria folga dela.

Resolvemos dar um pulo em Resende Costa. Sempre um destino legal, com boas estradas, ainda teríamos a possibilidade de passarmos na Racing Moto Peças, que tem bons artigos e bons preços.

Saímos logo pela manhã, mas não muito cedo (por volta das 9h) e tomamos o caminho de Carandaí e Lagoa Dourada, via BR-040. No entanto, ao passarmos Ressaquinha, paramos em uma grande fila. Parecia, inicialmente, ser um sistema de pare-e-siga para algumas obras que, de fato, estão ocorrendo com certa regularidade. Mas, passado muito tempo vindo veículos apenas na mão contrária, percebemos que havia algo de errado e que provavelmente o que estava ocorrendo era algum acidente ou bloqueio na pista em que estávamos. Poderíamos ficar ali esperando a situação se resolver, retornar a Barbacena e pegar a BR-265 via São João del-Rei ou Prados para Resende Costa ou mesmo escolhermos um outro destino. Ficamos com a segunda opção.

Passamos novamente por Barbacena, pelo contorno da 265 e seguimos para Barroso, onde acessamos o trevo para Dores de Campos e Prados. Essa estrada secundária está recém asfaltada, um verdadeiro tapete (por milagre, em Minas Gerais) e tem belíssimas paisagens. Atravessamos Dores e Prados e seguimos pela face norte e menos conhecida da Serra de São José. Depois, pegamos brevemente a MGC-383 e depois a estrada de acesso para Resende.

Ao chegarmos na cidade, notamos que muitos restaurantes e lanchonetes, inclusive uma churrascaria que queríamos experimentar, estavam fechados. Não soubemos especificamente a razão. Talvez por se tratar de uma segunda-feira. Acabamos encontrando um café bem legal logo apos termos dado uma volta pela cidade e termos confirmado que a Racing Moto Peças estava funcionando. Terminamos então por escolhermos por escolher esse café, chamado Tixa Cafeteria e Empório, muito bem apresentado e bonito. Tudo estava muito gostoso: pães de queijo recheados, cafés especiais e umas coxinhas de carne seca. Mas o preço foi salgado: cerca de R$130 em um lanche (sem excessos) para duas pessoas.

Depois do café, passamos na Racing Moto Peças para dar uma olhada nos artigos. A Rochelli não encontrou as luvas que ela queria, com os dedos cortados e a loja estava meio desabastecida em relação às outras vezes em que lá estivemos. Mas acabamos comprando algumas coisas. Um par de meias térmicas para motociclistas para mim e um agasalho para a Rochelli.

Saindo da loja, tivemos a ideia de comprar um tapete em substituição a um pequeno tapete (ou piso, como falamos também por aqui) para a nossa cozinha. No nosso está péssimo. praticamente em frangalhos. Ao virarmos uma esquina no centro, a Rochelli notou uma pequena "fábrica" de tapetes. Paramos e fomos dar uma olhara. Três artesãos trabalhavam habilmente com teares manuais e isso já nos impressionou. Vimos pilhas de tapetes de diversas cores arranjos detalhados. Perguntamos quanto custava um tapete pequeno (mais ou menos do tamanho dos pisos de banheiro) e assustamos: R$8,00, apenas. Tudo muito bonito e bem feito. Acabamos comprando dois e certamente voltaremos mais vezes para comprar mais alguns artigos. Deu para ver que eles não têm apenas tapetes, mas também mantas, cobertores, etc. Muito bacana mesmo. Minha vontade foi até mesmo registrar a forma histórica e tradicional como confeccionam as pelas (já que leciono História e, nesse ano letivo mesmo, trabalhei o tear como importante máquina da Revolução Industrial - mecanismo muito desconhecido do meus alunos, tão novos).

Depois dessas experiências, resolvemos voltar para Barbacena, dessa vez passando por São João del-Rei para vermos uma paisagem um pouco diferente daquela vista na ida. Desconsideramos também voltar por Lagoa Dourada, pois não sabíamos as condições do bloqueio da estrada. Mais tarde, viemos a saber que tratou-se de um acidente horrível com o tombamento de um caminhão sobre um carro e que a estrada ficara parcialmente interditada até o início da tarde).

Renovados e com as mentes descansadas, chegamos em casa após o passeio para curtirmos o finalzinho do feriado.






domingo, 14 de setembro de 2025

Neblina, café e uns quitutes

Um domingo de um feriado prolongado (dia 15/09 é feriado municipal em Barbacena, caindo nunca segunda-feira) e, sempre, um tempo para descansar a cabeça e pegar uma estradinha. A Rochelli estaria de plantão e já estávamos combinando de rodar juntos no dia seguinte, feriado de fato. Mas, sabe como é... Como ela trabalha com fotografia, poderia surgir alguma coisa de última hora e eu queria já garantir alguma rodada solo já nesse domingo mesmo. Se fosse para rodar também na segunda, melhor ainda.

O problema é aquela famosa Lei de Murphy. Ao longo de toda a semana, o tempo ficou incrível, perfeito mesmo. Céu de brigadeiro com temperaturas amenas. Nenhum sinal de chuva. Aquele tempo mesmo convidativo para a estrada. Foi terminar a sexta-feira e tudo virou. Chuva, frio, neblina... Aquela chuvinha molha-bobão, contínua e afeita a Barbacena. Passei o sábado em casa.

Por isso, no domingo, dei a louca e saí mesmo com o tempo meio instável. Chuva, não tinha, mas estava bem feio e frio. Meio sem destino, pensei que seria bom rodar pela BR-040 e, eventualmente, ir para os lados de Conselheiro Lafaiete, ou até mesmo Congonhas e além (o problema é que é a região do minério e aí já viu, né... Aquela meleca ferrosa na estrada toda - Já tivemos uma experiência bem ruim). De qualquer forma, ali até Lafaiete estaria de bom tamanho, considerando que poderia rumar para o leste também, na direção de Itaverava, Catas Altas da Noruega,etc.

Saí não muito cedo, ainda meio sem realmente uma decisão absoluta sobre o destino. Mas peguei a 040 no sentino norte. Estava bem frio, mas foi com a roupa de moto usual: calça e jaqueta de viagem, botas e luvas com os dedos cortados. Mas, passando Ressaquinha, o frio foi pegando pelas mãos e parei para trocar as luvas. Com o passar dos quilômetros, o tempo foi fechando, fechando e um nevoeiro muito denso se instalou. Toda a região de Carandaí e, principalmente, Pedra do Sino (conhecida pelos seus nevoeiros densos) estava uma verdadeira cortina branca.

Quando chegue a Cristiano Otoni, a visibilidade aumentou um pouco, mas à essa altura, já havia decidido fazer uma paradinha para o café na Parada da Mexerica, ótima, por sinal. Lá, pude tomar um café quentinho com ótimos pães de quejo e empadas. Lanche bem reforçado, para aquecer o corpo. Aproveitei e coloquei também o forro extra da minha jaqueta, que me daria uma proteção adicional.

Apesar dessa preparação, realmente, refleti que o dia não estava lá essas coisas para aproveitar paisagens e lugares. A estrada estava até muito bonita com toda a cobertura branca, mas a umidade e o frio estavam bem intensos, chegando mesmo a chover leve em algumas partes. E visitar alguma cidade pequena assim não seria lá muito legal. Como já estávamos pensando em rodar também no dia seguinte e a previsão do tempo parecia um pouco mais promissora, resolvi voltar para casa, mas, claro, aproveitando todo o retorno com calma, curtindo cada curva.

Em pouco tempo já estava de volta, em um passeio meio doido, meio inusitado, mas que no final foi muito bom e me rendeu um café gostoso e mais alguns quitutes que eu trouxe nos baús.


sábado, 6 de setembro de 2025

Após o trabalho

Hoje foi um sábado letivo na escola em que trabalho. Uma pena, pois a minha ideia era dar uma rodada de moto, aproveitando o tempo muito bom a claro de final de inverno. O Alex e a turma do grupo resolveram ir a um encontro de moto em Lafaiete, mas, considerando que eu estaria agarrado com trabalho, acabaria empatando o pessoal de sair cedo ou tendo de encontrar o pessoal direto lá, mais tarde.

Aí, para não perder ao menos uma pequena parte do sábado (perfeito para rodar, diga-se de passagem), resolvi pegar uma estrada quando saí da escola.

Primeiramente, fui na direção da Serra de Santa Bárbara. Poderia tentar comer alguma coisa por lá. Pensei em tentar almoçar (embora fosse ainda cedo) no Império Restaurante e Lanchonete, mas, quando cheguei lá, parecia, ao olhar de fora, que a comida ainda não estava servida. Além disso, estava tocando uma música sertaneja altíssima e logo pensei que seria melhor ir a outro lugar.

Meio sem opções mais próximas (com o negócio de ter trabalhado pela manhã, já tinha descartado os lugares mais distantes devido ao cansaço), resolvi subir novamente a serra e dar um pulo no Alto da Serra em Correia de Almeida. E lá vou eu subindo a serra de novo.

Cheguei no Alto da Serra e ainda era bem cedo, mas o almoço já estava servido. Fiz meu prato e comi muito bem. É um lugar que sempre vale a pena.

Depois, voltei para casa, nesse dia bem atípico, para resolver mais umas coisas. Mas ficou aquele gostinho de poder ter mais tempo para rodar um pouco mais. Que venha um final de semana completo de descanso para rodar um pouco mais.