terça-feira, 22 de julho de 2025

Introdução à viagem de moto

O passeio dessa terça-feira foi bem diferente. Aproveitando as pequenas férias do meio de ano, cada pequena oportunidade de rodar é boa para descansar a mente e desconectar da rotina de trabalho da semana anterior. Aproveitando também as férias escolares, meu irmão Leonardo veio de Curitiba com meu sobrinho Moisés, para passar uns poucos dias aqui em Barbacena. Da outra vez em que vieram, no início do ano, se não me engano, o Moisés andou de moto comigo pela primeira vez, apenas para deixá-lo na casa dos meus pais. Dessa vez, ele me disse que seria legal dar uma volta para conhecer algum lugar perto da cidade, um passeio verdadeiro, pegando alguma estradinha. Não precisava falar duas vezes, não é mesmo?

Propus algumas rotas e a por que ele mais se interessou foi uma de base histórica: Estrada Real, para a fazenda da Borda do Campo, passando por Antônio Carlos e remetendo às origens do caminho do ouro e do arraial que deu origem à Vila de Barbacena. Coincidentemente, foi também uma das primeiras rotas que fiz com a Rochelli ainda quando namorávamos. Também foi a primeira vez em que eu e a Rochelli passeamos em duas motos, sendo a primeira vez que ela pegou uma estrada de moto.

Meu irmão deixou o Moisés na minha casa logo pela manhã. Emprestei meu antigo capacete e minha jaqueta de verão para ele, lembrando-o de agasalhar bastante, pois, como é inverno, estava fazendo muito frio e iríamos para uma região de mata em meio a serra. Dadas algumas dicas de como se segurar e sobre balanceamento nas curvas, saímos cruzando a cidade e pegando a MG-135 para o aeroporto, para o distrito de Sá Fortes e, finalmente chegando em Antônio Carlos. Infelizmente não tínhamos comunicadores para conversarmos claramente (um deles está conectado ao capacete da Rochelli), mas fomos trocando ideia nos trechos de menor velocidade.

Em Antônio Carlos, pegamos a estrada de chão para a antiga Fazenda da Borda. Paramos lá para que eu mostrasse um pouco da história da região e tiramos algumas fotos junto ao marco da Estrada Real. Depois, seguimos para o antigo Seminário da Borda do Campo, cujos portões estavam abertos, o que permitiu que entrássemos para apreciar a bela e imponente contrução. Perguntei ao Moisés como estava o passeio, o que estava achando e ele me disse que estava bem legal e que queria ir a mais algum lugar. Pensei em uma lanchonete rápida e com acesso por outra estrada, mais rápida. Decidimos ir ao Nosso Pão de Queijo, da BR-040, para que ele tivesse uma experiência diferente, em uma estrada de mais grande porte. Pegamos o trajeto de volta da MG-135 para Barbacena, onde demos uma paradinha para que eu abastecesse a Ténéré. Aproveitei que o posto estava bem vazio e pedi para que dessem uma lavada rápida na moto, já que eu e a Rochelli iríamos viajar já no dia seguinte para Petrópolis.

Pegamos a 040 e rodamos os poucos quilômetros até a lanchonete, na qual pudemos comer e conversar mais um pouco. Deu para ver que, na medida em que rodamos mais, o Moisés foi relaxando mais na garupa e pôde aproveitar bem mais a liberdade que a moto proporciona.

Depois disso, voltamos para Barbacena e para a casa dos meus pais, onde iríamos almoçar.

Será que teremos mais um companheiro de moto no futuro? Kkkk. Brincadeira. 

Temos mesmo é que aproveitar as experiências do presente, pois é disso que se tratam as viagens de moto: aproveitar o trajeto, independentemente do destino.


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