sábado, 13 de agosto de 2022

Japão e Vitorinos

De volta às escapadas das sextas-feiras. Depois de algumas semanas dedicado a outras atividades, chegou a hora de voltar a fazer um passeio de moto, mesmo que por perto. Já estava com a ideia de visitar Vitorinos, um lugarejo pouco além de Senhora dos Remédios (acredito que seja um distrito). O plano original era dar um pulo por aquelas bandas na sexta-feira dia 5, mas, com a vinda do pessoal de Juiz de Fora, achei melhor fazer uma programação caseira para acolher nossos visitantes. Como falei na outra postagem, demos um pulo em Tiradentes no Domingo. A saída de moto ficou mesmo para essa sexta.

Por coincidência, recebi uma mensagem do Samuel, avisando que estava de férias e falando para chamá-lo na próxima vez em que fosse pegar a estrada. Avisei sobre a ideia da curta viagem até Vitorinos e ele gostou, também por não conhecer o lugar. Ao verificar a rota, na véspera, aproveitei e inclui uma passada pelo Japão, outro pequeno vilarejo nas proximidades de Remédios, logo após a descida da serra com a pequena gruta que visitamos e fizemos um piquenique.

O dia começou bem feio. Uma frente fria havia atingido nossa região no meio da semana e a sexta-feira, além de muito fria, amanheceu chuvosa. De qualquer forma, segui para o posto para abastecer a Ténéré e encontrar o Samuel. Saímos por volta das 9h e pegamos a BR-040 rumo a Ressaquinha. Depois, pegamos a AMG-420 em direção a Senhora dos Remédios e, alguns quilômetros após o início da descida da serra e a curva fechada da gruta, encontramos o acesso para o Japão: uma descida que se inicia íngreme, mas se suaviza bastante em um vale.

O pequeno vilarejo me surpreendeu. Esperava um local mais acidentado, por sua proximidade aos verdadeiros paredões da Mantiqueira, sei lá... Algo semelhante a Santa Bárbara do Tugúrio, mas não. Toda a parte urbana é bem plana e trafegamos rapidamente e sem problemas até a pracinha central, onde fizemos nossa primeira parada.

De lá, seguimos para a já conhecida Senhora dos Remédios. Ao chegar, o Samuel, que estava na frente, resolveu passar por uma rua na parte alta da cidade, local que fora de moradia de uma avó dele. Foi bem interessante, pois, pela altura, deu para ter uma boa vista do centro da cidade, lá em baixo. Diferentemente do Japão, Remédios é uma cidade com relevo muito acidentado. Descemos até o centro, paramos para lanchar e aproveitei para passar numa farmácia, pois estava com uma leve dor de cabeça. Após conversarmos bastante, seguimos através da cidade para o acesso a Vitorinos.

As estradas, de uma forma geral, estavam com muitos remendos, mas sem buracos, tirando alguns derivados de remendos que, eventualmente, começavam a se soltar. A rota para Vitorinos é interessantemente povoada com muitas casas, sítios e pequenas fazendas em suas margens. Em alguns momentos, dá para pensar que é apenas um bairro de Remédios.

Ao chegar, nos deparamos com aquela estrutura típica de pequenos distritos do interior, formados ao redor de uma igreja e sua praça. Muitos alunos se agrupavam naquele largo, pois era horário de saída das escolas. Interessante foi notar que, ao lado da igreja, na mesma praça, construíram uma quadra esportiva. Andamos ao redor para conhecer, tiramos algumas fotos e sentamos em um banco por ali para conversar mais um bocado e trocar impressões sobre as motos, as estradas e o passeio em geral. Ainda não consegui convencer o Samuel a dar uma andada na Ténéré, pois penso que ele acha a moto alta e pesada demais. Receio bobo, pois ele já pilota muito bem. Também não andei mais na moto dele, uma Honda CG Fan. Da outra vez, dei uma pequena volta de apenas alguns metros, mas gostei bastante do comportamento e da ciclística da moto. Fazia tempos que não andava em pequenas estradeiras. Achei uma ótima motocilceta e ainda vou querer dar uma volta de verdade. Trocar motos é sempre legal para ganhar experiência e conhecer a tocada de outros modelos.

Quando percebemos, já era quase uma hora da tarde e, portanto, resolvemos voltar. Agora o sol já havia vencido as grandes camadas de nuvens e o tempo ficou bem mais quente, tornando o retorno para Remédios e a subida da serra até Ressaquinha muito mais agradáveis. De lá, esticamos na 040 e, em um pulo já estávamos de volta.

Depois de me despedir do Samuel, fechei o passeio almoçando um ótimo yakisoba, já em Barbacena.

Vamos mantendo as motocas ativas!











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