Esse sábado foi mais um dia de passeio solo. A Rochelle, apesar de estar de folga do hospital e dos plantões, acabou pegando um trabalho como fotógrafa em um casamento, o que tornaria difícil conciliar com uma saída de moto. O pessoal do grupo até cogitou sair — já estavam combinando algo desde a sexta-feira —, mas tinham compromissos e planejavam rodar apenas à tarde. Como eu queria aproveitar o dia inteiro, especialmente a parte da manhã, decidi sair mais cedo. E, dependendo de onde eles fossem, talvez desse até para encontrá-los pelo caminho.
Quando acordei, o dia estava perfeito: sem nenhuma nuvem no céu, muito claro e com um friozinho agradável, daqueles que convidam a pegar a estrada. Vários destinos me passaram pela cabeça — como Lavras Novas, Cadentes e até opções mais distantes, como Lavras ou Juiz de Fora. Mas já fazia algum tempo que eu queria dar um pulo em Santana do Garambéu novamente. Primeiro, porque a estrada até lá é simplesmente excelente: sinuosa, serpenteando por cima das colinas, com trechos íngremes e vistas incríveis da Serra de Pitipoca. Segundo, porque eu tinha ouvido boatos — e até conferido no Google Earth — sobre obras de asfaltamento na região. Isso poderia ter melhorado bastante o piso da estrada, tornando o trajeto mais confortável e, quem sabe, até asfaltado o acesso à Cachoeira da Água Limpa, segundo alguns relatos. Fui, então, rodar por aquelas bandas para satisfazer minha curiosidade — e, claro, aproveitar mais um bom dia sobre duas rodas.
Não saí muito cedo, mas a ideia já era tomar o café da manhã na estrada. Como a estrada para Campolide e Bertioga não tem muitos pontos de parada, planejei tomar café em Bertioga mesmo — e assim foi. Percorri todo o trecho até Bertioga e, chegando lá, parei em frente à Padaria do Amaral. Tomei um café com leite com pão de queijo, bem gostoso, que caiu muito bem para começar o dia.
Depois disso, segui viagem em direção à estrada para Santa Rita. Passei pelo trevo de Santa Rita e fui até a rotatória de acesso para Piedade do Rio Grande e Santana do Garambéu, tomando o rumo dessa segunda cidade. Passei por Cachoeirinha e, em pouco tempo, já estava em Santana. Até Santana, não vi nenhuma obra ou melhoria na estrada além daquelas que já haviam sido feitas até Bertioga. Apesar disso — e de alguns remendos aqui e ali — a estrada continua sempre interessante, inclusive com alguns trechos calçados com bloquetes.
Chegando à cidade, resolvi seguir direto rumo à cachoeira para ver se algo havia mudado. Desci pelas ruas mais íngremes, atravessei a ponte sobre o rio lá embaixo — se não me engano, o Rio Grande — e percebi que tudo continuava igual, aquele terrão de sempre. Como o dia estava seco e frio, imaginei logo o poeirão que ia levantar. E como eu também não tinha planos de visitar a cachoeira em si, decidi voltar e evitar aquela sujeirada.
Retornei à cidade e fiz uma parada na igrejinha de pedra no alto, que tem uma vista muito bonita. Aproveitei para descansar a cabeça, curtir o silêncio e tirar algumas fotos. Sabia que em Santana não teria muitas opções boas para comer, então, depois de um tempo ali, decidi voltar e explorar mais alguns acessos.
No retorno, passando ali pelo trevo de acesso a Santana, na comunidade do Pico, resolvi tomar a saída à direita, no sentido de Santa Rita, só para ver como era o acesso. Enquanto percorria esse caminho, encontrei uma placa com várias quilometragens e informações. Quando parei para dar uma olhada, um senhor me alertou que aquele trajeto era complicado, com muitas encruzilhadas. Agradeci o aviso. Minha intenção não era seguir até Ibitipoca por ali, mas apenas conhecer o acesso mesmo. Percorri alguns metros até o fim do asfalto, avancei um pouco no trecho de terra só para avaliar as condições da estrada, mas desde o início sabia que não era dia de encarar um off-road. Dei meia-volta, retornei à comunidade e segui novamente para Ibertioga, com a ideia de almoçar por lá.
A volta foi igualmente prazerosa, com a estrada perfeita e o dia lindo. Retornei curtindo cada curva, cada trecho do caminho. Ao chegar em Bertioga, consegui parar próximo à Igreja do Rosário, onde eu já sabia que havia um restaurante bacana e bem acessível. Estacionei logo em frente ao restaurante, chamado Sabor da Terra, e fiquei por ali, almoçando com tranquilidade, já que ainda era cedo — por volta de 11h20.
Depois de satisfeito, ainda consegui visitar a praça e o espaço em frente à igreja. Em seguida, peguei a Tenerê novamente e iniciei o retorno para Barbacena. Durante toda a viagem, mantive contato com o pessoal do grupo de moto, mas eles ainda não haviam decidido para onde iriam. Quando cheguei em Barbacena, dei uma olhada no grupo e percebi que tinham combinado de sair para almoçar. Como eu já havia almoçado em Bertioga, vi que não daria para conciliar. Acabei indo para casa, bem satisfeito com o passeio. Depois fiquei sabendo que eles acabaram indo para Juiz de Fora. Esse passeio em grupo vai ficar para a próxima — ou quem sabe um passeio com a Rochelle, quando ela tiver uma folga. Andar de moto é sempre um prazer, e ajuda a gente a se conectar com a gente mesmo.
Este lugar vale mto, fizemos juntos, lembra? Otimo passeio. Parabens
ResponderExcluirVerdade, tio Célio. Foi massa quando fomos lá naquela cachoeira. Vamos combinar novamente!
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