sábado, 20 de abril de 2024

Leopoldina Moto Rock

Este sábado foi dia de uma viagem mais longa. O pessoal ficou sabendo que haveria um encontro de moto na cidade de Leopoldina e todo mundo animou a ir, principalmente o Alex e a Maria, que não rodavam há um tepinho por questões de trabalho.

Como Leopoldina não é tão distante de Juiz de Fora (fica a uns 90, 100 Km), dei um toque no tio Célio também. Ele ficou meio adoentado, mas já estava querendo voltar a fazer uns passeios com a Falcon dele.

Pelo grupo de Whatsapp, combinamos de sair sábado bem cedo, encontrando às 7h no Posto Pelicano, da Avenida Sanitária aqui de Barbacena. Eu e minha lindinha acordamos bem cedo para colocar as roupas e preparar as motos, calibrando pneus e colocando um óleo na corrente. Fora que na véspera colocamos os apetrechos eletrônicos para carregar (câmeras, comunicadores e afins).

Tudo certo pela manhã, saímos para encontrar os demais no posto. Já haviam confirmado a ida o Alex, a Maria, o Paulo e a Natália. Ao chegarmos, uma surpresa: não é que a Natália resolveu ir em um moto própria, pilotando, e não na garupa do Paulo? Bacana demais, pois então iríamos em cinco motos.

Percorremos as ruas de Barbacena e pegamos a BR-040 no pequeno trecho até o trevo para Santa Bárbara do Tugúrio, de onde seguimos pela BR-265. O tempo estava muito fechado e frio, com bastante neblina nas proximidades de Correia de Almeida, inclusive. Contudo, ao descermos a serra, passamos a ficar abaixo da camada de nuvens, no que se revelou uma linda vista. Logo após a descida da serra, pudemos ver que as núvens haviam ficado para trás, agarradas aos picos, e tivemos tempo bom e muito calor nos quilômetros seguintes.

Precisávamos ainda parar para tomar um bom café (o Alex já estava em crise de abstinência) e o plano era entrar em Mercês para lancharmos no sempre ótimo Meia Lua. Quando lá chegamos, infelizmente, o local encontrava-se fechado. A Rochelli perguntou e disseram que abriria em 15 minutos, pelo que resolvemos esperar. Aproveitei para ir a algum comércio e comprar uma pilha nova para meu GPS, pois as recarregáveis esgotaram (tinha esquecido de checar a carga na preparação do dia anterior). Quando o Meia Lua abriu, tomamos aquele capuccino maravilhoso, acompanhado de pães de quejo e pastéis fritos na hora. Tudo delicioso. E seguimos, afinal, havia ainda muito chão até Leopoldina.

A estrada estava bem movimentada e com trechos com asfalto bem sacrificado. Principalmente entre Astolfo Dutra e Cataguases. Apesar disso, a viagem foi ótima, com todas as motos andando juntas num ritmo legal, que possibilitava curtir os diferentes lugares e paisagens pelos quais passávamos.

Ao chegarmos em Leopoldina, o Paulo pegou a primeira entrada e, atravessando um determinado bairro, logo nos vimos em uma avenida muito movimentada, com bastante engarrafamento. Custamos a vencer uma curta distância dentro da cidade, mas conseguimos chegar à praça onde acontecia o encontro de motociclistas. Paramos as motos e pouco tempo depois, alguém veio ao nosso encontro: o tio Célio! Ele realmente animou a ir, saindo de Juiz de Fora! Foi muito bom revê-lo e pudemos apresentá-lo ao pessoal. Com certeza ele e o Alex teriam muito o que conversar, motociclistas experientes que são. Mas ele já estava de saída também. Queria nos ver, mas tinha planos de voltar ainda cedo para casa. Tudo bem, pois sempre vale encontrar o tio, mesmo que seja por breves momentos. Temos que combinar mais passeios para os lados de JF.

Resolvemos circular pelo evento para conhecer as barraquinhas e ver as motos. Ao chegar numa barraca de capacetes e roupas, a Rochelli ficou doida com um capacete específico, da X11. Já fazia tempos que ela estava com vontade de trocar o capacete dela por um com mais recursos. Olhamos várias coisas legais. Tomamos um bom açaí e depois nos sentamos. A Maria e o Alex acharam umas mesas em um lugar muito bom, com sombra e próximo ao palco. Pedimos porções. Quando estávamos lá, um outro casal conhecido do pessoal nos encontrou, o Ademilson e a sua esposa, que já haviam rodado com os demais em outras oportunidades. Eles resolveram procurar um restaurante para almoçar e foram seguidos pelo Alex. Com o tempo, o som foi ficando alto demais e o calor, intenso demais no lugar em que estávamos. Saímos de lá e rumamos para o restaurante, onde encontramos um ambiente muito mais fresco.

Com todos descansados do calor e devidamente alimentados, retornamos ao evento, para mais uma rodada. A Rochelli voltou à barraca dos capacetes e não teve jeito: saiu de lá com um capacete novo, muito bonito e com muitos recursos. Isso significaria que ela voltaria testando o capacete novo e perderíamos a comunicação durante toda a volta (o comunicador dela estava acoplado ao capacete antigo). Mas ela ficou muito feliz com a compra.

Todos satisfeitos com o evento, nos preparamos para o retorno, colocando as roupas e pegando as motos. A saída da praça foi um pouco complicada em razão das ruas interditadas e do show que ainda rolava, mas conseguimos passar pelo pessoal para pegar novamente as ruas de Leopoldina. Paramos em um posto para aqueles que precisavam abastecessem para o retorno e seguimos para uma das saídas da cidade.

Quando pegamos a estrada na volta, eu e a Rochelli acabamos ficando agarrados atrás de duas carretas bitrens que estavam andando até bem pelo trecho estreito entre Leopoldina e Cataguases. Nossas motos têm baixa cilindrada e isso complica as ultrapassagens em algumas situações. O Paulo acabou esperando um pouco a gente e, quando finalmente ultrapassamos, nos juntamos a ele e ao Ademilson. Só que algo estranho aconteceu: por mais que andássemos, não alcançávamos de jeito nenhum o Alex com a Maria e a Natália. Nem o Paulo, com a sua 1250, conseguia encontrá-los.

Vários quilômetros depois, vimos o Paulo parado e ele nos avisa que os outros (Alex e Natália) haviam se perdido, pegando outra estrada. Não dava para comunicar direito por conta da ausência de sinal de celular. Como já havíamos passado Astolfo Dutra, sugeri que seguíssemos em frente, até Piraúba, pois lá certamente havia um bom sinal de alguma operadora. Seguimos.

Em Piraúba, o Paulo conseguiu finalmente conversar melhor com a Natália e descobrimos que eles haviam entrado errado em um trevo da BR-120 e acabaram seguindo para Cataguases (ao invés de Dona Eusébia e Astolfo Dutra). Confusão resolvida, ficamos lá esperando pelos desgarrados. Mas, como já foi passando das 17h30min, isso significaria que pegaríamos um bom trecho de estrada à noite para voltarmos para Barbacena. E justamos um trecho sinuoso e de serra. Para a Natália, um grande desafio, por ser sua primeira viagem mais longa e já ter que pegar uma situação adversa (já tinha estranhado um pouco a descida da serra na ida). Para a Rochelli, também desafiador, afinal, não tem tanto tempo de carteira assim e nunca testamos o farol da Crosser numa situação real de estrada (eu imaginava que seria tão ruim quanto o da Brosinha que eu tive). Mas as meninas são muito corajosas. Seguimos em comboio pela estrada simples e com piso bem ruim, tomando cuidado com os radares e sustos com os quebra-molas sem pinturas ou placas.

Ao chegamos em Rio Pomba, o sol já havia se posto e, na altura de Mercês, a noite já havia caido. Uma bela lua completamente cheia facilitou as coisas para nós. Só que realmente o farol da Crosser não é nada bom. Vamos resolver isso com alguns faróis auxiliares, pesquisando bem para não prejudicar a bateria das motos, afinal, sempre pode haver a possibilidade de, devido a algum problema, atrasarmos algum retorno, como, de fato, aconteceu. Mas tudo bem, viemos seguindo os farolzões do Alex, kkk.

Chegando em Barbacena, embora bastante cansados, ainda deu para darmos uma passadinha no famoso Bar do Mazola para conversarmos um pouco sobre os percalços da viagem. Com certeza, muitas histórias para contar.

Já bem à noite nos despedimos, pensando, claro, nos próximos destinos!








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