domingo, 4 de setembro de 2022

Japão Extremo

Depois da busca por motos numa viagem inusitada que acabou terminando em Ibertioga, tínhamos um compromisso marcado. Neste domingo aconteceria o 1º Festival do Japão Extremo, com diversos eventos esportivos e de aventura planejados para acontecer na região do Vale do Japão (não o Japão de Senhora dos Remédios, mas sim o Japão de Oliveira Fortes, que daqui em diante chamarei de Japão II, uma vez que é também próximo ao Campestre II). Com a programação de voos de parapente e asa delta definida para acontecer a partir da Rampa do Japão, resolvemos, claro, dar uma expiada por lá e aproveitar para dar um passeio de moto. Deixo aqui um abraço para a Iriana, professora de História na mesma escola em que trabalho e minha amiga, que me contou pela primeira vez já há um bom tempo sobre os detalhes desses eventos por lá, bem como sobre a via de acesso à rampa.

Saímos não muito cedo no domingo, mas com a ideia de chegar antes do horário oficial dos saltos, para que pudéssemos garantir um bom lugar para ficar. Não sabíamos se o local iria ficar muito lotado, mas tudo indicava que sim. O tempo não estava lá essas coisas. Na véspera, sábado, estava incrível, com céu completamente azul e não muito frio. Mas o domingo amanheceu completamente fechado e com uma garoa fina. Nem dava para dizer se os voos realmente aconteceriam. De qualquer forma, pegamos a Ténéré e seguimos rumo a Correia de Almeida, via BR-40, até o trevo de acesso para o Campestre II.

Ao pegarmos a estrada do Campestre II, surpresa: após rodarmos uns quilômetros, percebemos sinais de grandes obras, com alargamento da estrada e uma preparação para o que parecia um serviço de asfaltamento. Mais à frente, chegamos a um asfalto novíssimo, recém implantado, ainda sem qualquer pintura. Progresso chegando no Campestre II, quem diria... Passando o pequeno distrito, limítrofe dos municípios de Santa Bárbara do Tugúrio e Oliveira Fortes, continuamos pela estrada que vai dar na rampa e mesmo essa parecia, em boa parte do seu traçado, ter passado por bons melhoramentos.

Quanto nos aproximamos da subida para a rampa, muitos veículos já estavam estacionados na base do morro. Paramos a moto, pegamos nossas coisas e começamos a subida a pé, que é curta, mas bem íngreme! Haviam feito uma boa estrada até o topo (coisa que da última vez em que estive lá, não existia), mas não arriscamos subir com a Ténéré, pois pensamos se tratar de um acesso apenas para a organização do evento e para os pilotos com seus equipamentos.

Ao alcançarmos o alto da serra, que vista! Impressionante mesmo! As fotos não dão noção de profundidade e nem da altura em que estávamos. O vale do Japão II lá em baixo e os contornos da Serra da Mantiqueira são incríveis vistos dali. Escolhemos um local um pouco mais plano (havia uns morrinhos na grama, que diminuíam a inclinação que existia ladeira abaixo), estendemos nossa toalhinha de piquenique e ficamos ali curtindo tudo. O pessoal foi chegando e vimos, pelos papos, que vários dos que chegavam eram praticantes de voos de asa delta, parapentes, rapel, entre outras modalidades aventureiras.

Depois de uma avaliação das condições da rampa e dos ventos por vários pilotos, os saltos começaram. Foi muito legal mesmo, pois eram muitos pilotos montando seus equipamentos e saltando. Ficamos bem no meio das duas rampas de salto: as dos parapentes e as das asas delta. Que coragem! Principalmente considerando o ponto vertiginoso de onde as últimas iniciavam seus voos.

Planejamos ficar por lá no período da manhã e por volta do meio dia procurarmos algum lugar para almoçar. Mas estava tão interessante (e havíamos levados uns biscoitinhos, água e suco) que resolvemos ir ficando, ficando. Saímos de lá quando realmente ficamos bem cansados, por volta das 14h30min. Não percebemos, mas queimamos um pouco no mormaço (o sol também saiu timidamente depois do meio dia).

Retornamos do que foi um ótimo passeio em um domingo para sair da rotina. Valeu a pena demais e com certeza retornaremos para as próximas edições do festival!









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