sexta-feira, 6 de maio de 2022

O melhor capuccino

Seguindo a série "escapadas da sexta-feira", decidi sair para arejar um pouco a cabeça em meio a muito, muito trabalho durante a semana. Tive na véspera a ideia de revisitar a pequena cidade de Mercês, por ter um bom tempo que eu e a Rochelli passamos por lá e por ser uma belíssima estrada com a descida da Serra da Mantiqueira, no trecho até Santa Bárbara.

Dei sorte, pois a sexta-feira amanheceu com um dia perfeito, com o céu completamente azul. Peguei a moto, abasteci e logo já estava na estrada. Ainda no trecho da BR-040, nas regiões dos Costas e do Pombal, as nuvens estavam tão baixas que parecia dar para tocá-las, o que, em realidade se transformou em um nevoeiro denso e muito úmido. Como esperado, após começar a descida da serra na BR-265, as nuvens ficaram para trás (e para cima, junto aos cumes) e, mais uma vez o sol reinou absoluto no vale do Rio Pomba, lá em baixo.

Fiz uma pequena parada no Chalé do Mirante da serra, onde pude tirar algumas fotos. Era muito cedo ainda e a lanchonete do famoso pastel de queijo frito na hora ainda estava fechada. Eu também estava àquela altura sem fome e, embora estivesse marcando alguns locais interessantes pelo caminho para lanchar, o mais provável seria tomar o café da manhã em Mercês mesmo.

A estrada estava perfeita, com pouco trânsito e ótimas paisagens. Os poucos remendos e pequenos problemas no asfalto não atrapalharam em nada a viagem (e, em comparação com o estado de muitas estradas da região, esta ainda é praticamente um tapete). A Ténéré estava muito boa de guiar e esperta, confirmando a minha suspeita do combustível: mudar de posto de gasolina foi uma decisão acertada.

Entrei em Mercês pelo antigo acesso da estrada de ferro, sem um trevo adequado, mas que leva a uma ponte estreita sobre o Pomba e segue por uma parte da cidade que eu não conhecia. Sabia que o caminho daria na antiga estação, hoje transformada em uma grande agência dos Correios. Parei na bem conservada praça em frente à estação e fui examinar o lugar. A construção está relativo bom estado, mas uma pena é o local hoje em dia estar completamente gradeado.

Bem, seguindo para o centro, parei na linda praça da matriz para descansar, tirar umas fotos e procurar algum lugar para tomar um café. Acabei voltando a um estabelecimento com lanchonete, restaurante e hotel chamado Meia Lua, em que eu e a minha lindinha já havíamos almoçado da outra vez em que estivemos em Mercês. Recebido com bastante simpatia por quem parecia ser o dono, pedi um capuccino e um pão de queijo, ao que o senhor respondeu que eu tomaria o melhor capuccino da minha vida, kkkk. Ok! Aguardei o pedido e, realmente, ele tinha razão. Simplesmente delicioso, com muita cremosidade. Bom demais! Mais um ponto positivo para a pequena cidade.

Com o café tomado, agradeci ao senhor e ao funcionário e segui para rodar um pouco mais pela bela Mercês. E como é uma cidade bonita! Limpa, bem cuidada, ruas sinalizadas... Aquele charme das pequenas cidadezinhas de Minas, acolhedor e pacato. Bom para descansar, pausar a vida corrida... Respirar.

Seguindo o ritmo das minhas escapadas, resolvi voltar sem muita demora, afinal... Ainda tinha trabalho me esperando em casa. Peguei novamente a estrada sinuosa e, passeando, logo cheguei em Santa Bárbara do Tugúrio. Já havia descartado minhas opções de paradas para comer pelo caminho, mas poderia entrar um pouco em outra pequena cidade antes de voltar. Apenas mais uma visitinha. E essa foi ainda mais rápida: uma pequena passada e umas fotos para o registro. Depois, "bora subir a serra".

Apesar de singela, essa foi uma ótima escapada. Daquelas apenas para quebrar o automático da rotina. Se você nunca fez, experimente!


















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