domingo, 19 de maio de 2019

A queda

Nem sempre tudo corre como planejamos. E, em se tratando de motociclismo, isso não é diferente. Passeios, viagens de moto têm seu caráter de aventura, por mais próximo que seja o destino, por mais tranquilo e familiar que seja o percurso. E algumas situações por que passamos nos servem de lembrete para estes detalhes.

Passeio inaugural com minha irmã e meu cunhado. As duas Ténérés 250 irmãs e um dia bonito. Destino? Nenhum em especial. Apenas um passeio pelo antigo leito da linha férrea. Terra batida. Batida não: socada, compactada. Na hora de sair, uma chuva, não forte, mas consistente. Na estiagem, saímos.

Após deixarmos o sacrificado asfalto próximo à casa do meu pai, de onde saímos, verificamos que a estrada de terra estava molhada. Uma fina camada de barro molhado cobria a terra mais dura. Sem sulcos, apenas poças sem profundidade alguma. Enquanto andávamos, a Ténéré deu alguns sinais. Estava escorregadio, principalmente na tração. A traseira da moto estava solta. E aí está aquela conjunção de fatores que antecedem os problemas maiores: meu pneu traseiro estava atingindo o TWI, e eu já estava procurando o próximo modelo off que compraria. Pois bem, o pneu estava ainda adequado para um uso urbano, normal. Não para aquele mingau que encontramos pela frente. Mas, já passamos por estradas bem piores. Seguimos.

Em poucas centenas de metros percorridos a traseira escapa muito e caímos feito fruta madura. Eu e minha lindinha tivemos apenas uns ralados e ficamos doloridos durante semanas por causa do tombo. A moto não teve praticamente nada. Uns ralados no baú lateral (estava equipado no dia) e no mata-cachorro (que cumpriu seu papel evitando estragos maiores) e o guidão que desalinhou. Alguns dias percorrendo oficinas e lojas de moto e a Ténéré está nova em folha. Faz parte. Experiência adquirida.

Quando à minha irmã Mariana e meu cunhado Filipe que nos seguiam, assistiram tudo de camarote. E conseguiram parar no lamaçal (seus pneus estavam novos em folha e, naquela situação, isso fez toda a diferença). Nos ajudaram e espero muito que isso não desmotive minha irmã (ainda se ambientando com a ideia de passear de moto) para novos passeios e viagens.

Vivência e lição aprendida, pneu novo em folha na traseira (agora ainda mais off) e os planos continuam! O blog não pode mostrar apenas nossos sucessos, não é mesmo?




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