domingo, 6 de outubro de 2019

Oeste de Minas

Almoçando no restaurante do meu cunhado na sexta-feira (o sempre excelente Morada Restaurante e Hamburgueria - vale aqui um pequeno merchandising, kkkk), surgiu a ideia de passear até a cidade de Barroso pelo antigo leito da Estrada de Ferro Oeste de Minas. Achei a ideia ótima, apesar de saber que o antigo trajeto não é plenamente transponível, por conta das pontes que já ruíram. Mas mesmo pegando o atalho até a localidade do Faria (o que já fizemos algumas vezes), é um passeio de paisagens muito interessantes, e muita História, claro.

Combinamos de sair no domingo eu, a Rochelli, o Filipe meu cunhado, acompanhados do Rodrigo (irmão do Filipe) e a Bianca (esposa dele). Tudo certo, encontramos por volta das 9h para sairmos. O Rodrigo disse que havia sim passagem pelas pontes caídas, o que possibilitaria percorrer o trecho todo da antiga linha férrea (algo que sempre quis fazer de moto, mas julgava impossível, desde os tempos das saídas de bicicleta). Eu e o Filipe não queríamos fazer trilha e sim um passeio tranquilo, mas concordamos em ver como estavam as tais passagens.

Ao invés de seguirmos para o Faria, tomamos o rumo de Campolide, antigo ponto de entroncamento da ferrovia extinta. Interceptamos o leito velho logo após a localidade, quando saímos da rodovia e passamos a transitar pela estrada de terra repleta de seixos rolados deixada pela estrada de ferro.

Belas paisagens, passagens estreitas. O Rodrigo e a Bianca na frente, davam boas esticadas com a Lander deles (que, por sinal, acho muito bonita - tendo a gostar de motos laranjas, kkk). Como trilheiro que é, o Rodrigo adora estradas mal cuidadas. Eu, a Rochelli e o Filipe fomos seguindo com nossas Ténérés, no nosso ritmo, curtindo as paisagens e registrando com fotos e vídeos.

Passamos por uma antiga estação, já transformada em alguma moradia, também pela Usina de Ilhéus, logo chegamos a um trecho em que havia um desvio, certamente devido à queda de uma ponte. A passagem, em meio a sítios, era mais acidentada e levava a uma pequena ponte em um vale mais apertado. Subidas e descidas com um pouco de cascalho, mas nada mal. O desvio era bem feito, tranquilo para as motos. Retornando ao velho leito, depois de andarmos mais uns quilômetros, chegamos a uma linda cachoeira, onde paramos por alguns momentos. Aproveitamos para tirar fotos todos reunidos. Muito, muito bom.

Seguindo pela estrada, mais um desvio. Este, bem acidentado. Saímos com as motos por uma pequena e estreita trilha à direita da velha estrada de ferro. Descida acidentada, que objetivava a passagem sobre um riacho. O problema da passagem, a princípio, é que minha moto possui descanso central que a deixa bem baixa. Raspou um pouco quando passei por sobre uma elevação, mas deu certo. Passei sozinho, pois minha lindinha não animou. Na verdade foi melhor: com duas pessoas, a moto teria ficado ainda mais próxima ao chão.

Vencidos os percalços, seguimos pela linha até a Usina de Lavras, onde paramos novamente. Dali para frente, eu e a Rochelli conhecíamos o caminho (e também lembrávamos da beleza da estrada). Seguimos até a ponte de Severiano Resende, onde deveríamos decidir se continuaríamos até Barroso pela linha ou se voltaríamos pela estrada da localidade do Faria. Decisão de todos: Barroso. Continuamos.

Dali para frente, margeamos o Rio das Mortes até a chegada à cidade. Alguns trechos de retas permeados por partes com curvas e pontes. Em Barroso, o Filipe e o Rodrigo buscaram o melhor percurso para alcançarmos a rodovia (BR-265). Dela a Barbacena, foi o retorno de um pulo.

Este memorável passeio nos fez imaginar a época em que as marias fumaças faziam a ligação entre Barbacena, Campolide e Barroso. Muito bom revisitar essas históricas passagens e paisagens!

 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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