sábado, 6 de outubro de 2018

Mais da Estrada Real

Quando percorria o mapa da região com os olhos, muitas e muitas vezes me deparava com Queluzito. Sabia já, por estudar história que a região próxima a Conselheiro Lafaiete (antiga Queluz) fazia parte do circuitos de antigas estradas do ouro, hoje genericamente chamado de Estrada Real. A rota consistia em uma estrada de acesso a partir de um trevo na BR-040, marcado por um grande posto e restaurante convenientemente chamado de Trevão.

Quando minha lindinha começou sua faculdade de Medicina Veterinária em Lafaiete, eventualmente mencionava conhecer pessoas do lugar, o que acabou colocando mais Queluzito em meu mapa mental de possíveis lugares para visitar de moto. Andei pesquisando na internet também, vendo fotos e analisando, como sempre faço e terminei por descobrir mais um lugar além. Este, nunca realmente havia nem pensado: Casa Grande. Para minha surpresa, ambos pequenas paragens do Caminho Velho da Estrada Real, que ligava a região de São João del-Rei, Tiradentes, Prados e Resende Costa à antiga capital, hoje Ouro Preto.


Num dia com tempo meio fechado, pegamos a estrada. Estávamos doidos para viajar de novo, cheios de compromissos que estamos durante a semana (e também aos finais de semana). Apesar do tempo nublado, a estrada estava ótima. Passamos pelo Trevão, deixando para traz uma 040 pouco movimentada e avançamos por uma estrada bem asfaltada, porém estreita, que variava seu traçado predominantemente por lugares mais altos e alguns vales.

A chegada a Queluzito é bem interessante. Na parte central, demos de cara com os fundos de uma igreja, que mais tarde percebemos se localizar num alto de colina. Sua frente, portanto, voltada para o centro do lugar abria-se para uma grande descida. Avançando, chegamos à praça central, muito bem cuidada, por sinal. Tudo muito parado, como usualmente acontece nos pequenos lugares por que passamos. Uma bela igreja histórica encimando a praça com coreto e alguns cavalos presos às árvores. Aproveitamos para tirar muitas fotos. De lá, circulando pela pequena cidade, rumamos para o norte, seguindo o casario e pegando uma estrada diferente da que estava mapeada. Achei inicialmente que daria uma volta, numa variante, que se encontraria com a estrada para Casa Grande. Ledo engano, kkk. Na verdade, tratava-se de outra estrada, a qual iria, provavelmente, para o lado de São Brás do Suaçuí. Percebido o equívoco, retornamos, passamos novamente pela praça do centro e tomamos o rumo de Casa Grande pela rota já traçada no GPS.


Uma estrada ainda mais simples, asfaltada também, com belas fazendas e sítios. Algumas pontes bem estreitas, do estilo passa-um e chegamos a Casa Grande. O lugar é uma típica cidadezinha do interior de Minas. Isolada, quieta. Ruas paradas, tudo fechado. Não havia muita coisa para fazer por lá. Circulamos por algumas ruas sendo observados pela população local e chegamos a uma igreja, procurando o centro. Tiramos boas fotos, apesar do tempo fechado. A fome estava batendo e tínhamos o plano de almoçar no posto Trevão. Era, portanto, hora de voltar à 040.

A viagem de volta se deu com a mesma tranquilidade da ida. Estrada bonita, esta de Casa Grande e Queluzito. Ao chegarmos no restaurante, já um tanto tarde, encontramos o lugar bem vazio, mas tivemos a oportunidade de encontrar a dona do lugar, quem por coincidência cursa veterinária em Conselheiro Lafaiete. A Rochelli já a conhecia. Pessoa muito simples e simpática que estava lá com sua família. Almoçamos muito bem, com grande variedade, inclusive de churrascos.

Satisfeitos e refeitos, com mais um passeio de descoberta, voltamos a Barbacena. Mais alguns lugares para nosso blog e, mais importante, para nossas mentes e sentimentos.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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