
Meu amigo Pedro mandou mensagem dizendo que iria para Morro do Ferro encontrar com o pessoal do Ténéré Club MG. Era dia de encontro de motociclistas no pequeno distrito, que pertence a Oliveira. Bem, nunca havia falado do lugar e busquei nos mapas. Seria uma viagem longa para nossos padrões, bem além de São João Del Rei, no sentido da BR-381 para Oliveira. No entanto, era uma ótima oportunidade para rodar mais e, melhor ainda, com duas motos por todo o percurso.
Saímos cedo e encontramos com o Pedro e a Luíza (quem conhecemos pessoalmente nesta viagem) nos arredores de Barbacena. Eles estavam na linda Ténéré 660 dele, também prontos para a viagem após o abastecimento.
O dia estava ótimo. Temperatura amena e sem possibilidade alguma de chuva. A estrada até São João Del Rei, conhecida e bela como sempre. Passamos por dentro da cidade (num caminho que eu não conhecia) e demos uma breve parada para descansar e tomar água.
Depois de São João, uma estrada desconhecida, simples e muito, muito vazia. Nada de paradas, postos ou construções à beira da rodovia. Tráfego escasso também. Mas muitos pontos bonitos. Às vezes descampados verdes, entrecortados com plantações, e matas de eucaliptos. Algumas grandes retas, daquelas com subidas e descidas sobre os morros da região. Por cidade, passamos apenas por São Tiago.
Chegando a Morro do Ferro, uma descida acentuada, beirando por um posto (que parecia fechado) e um boteco. Um asfalto super rugoso e uma vista do tal "morro do ferro" à esquerda, magnífico. Após uma baixada, a vila se localizava à frente, numa subida da estrada. De repente, senti a moto estranha. Parecia o asfalto e evitei os remendos para verificar o comportamento da Ténéré, que parecia meio solta na traseira. O Pedro buzinou e piscou farol para que parássemos e confirmássemos o dano: pneu traseiro furado. Que falta de sorte. Estranhamente, para um pneu com câmara, esvaziou bem lentamente durante a subida para o distrito. O Pedro foi perguntar por um borracheiro (em se tratando de um encontro de motociclistas, ajuda não iria faltar, kkk) e voltou com a informação que o único aberto naquele domingo estava lá naquele posto pelo qual havíamos passado, na entrada da cidade. Que beleza, kkk. Com o pneu quase "no chão", a distância agora era considerável. As meninas desceram das motos e foram procurar o centro do encontro, lugares para sentar e se refrescarem (o calor estava aumentando bem e o sol começava a castigar). Eu e o Pedro faríamos o caminho de volta à entrada da cidade para providenciar o reparo.

De volta, pudemos ter a dimensão do encontro de motociclistas. Tinha muita, muita gente. As meninas já tinham se entrosado, conversando numa mesa da praça de alimentação do evento. Conversamos bastante, vimos motos dos mais variados tipos e rodamos pelo lugar. Era um distrito bem pequeno, mas muito agradável. O Pedro encontrou uns amigos dele de Barbacena que estavam acampados numa escola próxima à praça. Fomos também conhecer o camping improvisado.


Esta viagem acabou tendo um pouco de tudo (estrada, off-road, aventura, imprevisto, muitos encontros). Acabou sendo perfeita e com ótimas companhias. A Rochelli, minha lindinha, adorou e fez cliques maravilhosos.
Terminamos o dia sem acreditar que tínhamos ido tão longe. E ficamos com o sentimento de que essa viagem abriria a porta para muitas outras, mais longas. Que dia incrível!
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