sábado, 22 de março de 2025

No encontro sem querer

Depois de um tempo sem pegar estrada por conta da vida corrida, já era hora de escolher um destino, pelo menos para uma pequena viagem. Na sexta-feira, comecei a olhar alguns lugares possíveis para um passeio sozinho, já que a Rochelli ainda estava se recuperando de um tornozelo torcido.

Para minha sorte, no sábado de manhã, o Alex me mandou uma mensagem sugerindo uma volta de moto. Não definimos um destino pelas mensagens, apenas combinamos de nos encontrar no posto e, de lá, decidir um lugar interessante para ir. Quando nos encontramos, o Alex, a Maria e eu resolvemos dar um pulo em Resende Costa, apesar de os dois já terem estado lá no fim de semana passado.

O dia estava bonito, com previsão de chuva, mas pelo menos não pela parte da manhã. Pegamos a BR-040 em direção a Carandaí e seguimos viagem. No caminho, percebemos um grande fluxo de motos e logo imaginamos que deveria haver um encontro de motociclistas por perto.

Passamos por Carandaí e pegamos a bela estrada para Lagoa Dourada, que sempre proporciona boas vistas. Já ali, o movimento estava intenso. Ao chegar em Lagoa Dourada, fizemos nossa parada estratégica no Legítimo Rocambole (como sempre, kkk), onde aproveitamos para conversar, comer e tomar um bom café.

De lá, seguimos para Resende Costa. Mais uma vez, encontramos a estrada cheia de motos. Quando entramos no trevo para a cidade, continuamos vendo muitos motociclistas na mesma direção, o que nos fez acreditar que deveria haver algum evento acontecendo por lá.

Ao chegarmos, perguntamos a alguns moradores e descobrimos que, de fato, estava acontecendo um encontro de motociclistas no Parque de Exposições. Nenhum de nós – nem eu, nem o Alex, nem a Maria – havia visitado esse local antes. O parque fica na parte baixa da cidade, abaixo do mirante e do centro, que ficam nas lajes, na parte alta. Pegamos o caminho, descemos por um vale e depois subimos levemente por uma colina, onde o evento já estava lotado de motos. Foi uma agradável surpresa.

O encontro era bem grande, com uma variedade enorme de motos, incluindo triciclos, além das tradicionais barraquinhas vendendo chaveiros, coletes e outros itens típicos. Havia um palco onde, por enquanto, tocava música mecânica, mas que teria apresentações ao vivo mais tarde. Também havia um espaço coberto com opções de refeições e lanches.

Encontramos um lugar para ficar nessa área coberta, já que o calor aumentava com o passar das horas. Aproveitamos para comer algo e bater um bom papo. Durante o evento, conversamos com alguns motociclistas mais experientes, cheios de histórias – algumas bem exageradas –, mas foi uma experiência engraçada.

Com o avançar do dia e a previsão de chuva se tornando mais iminente, decidimos que era hora de voltar. Ficamos em dúvida entre retornar por São João del-Rei, por Prados ou pelo mesmo caminho da ida, passando por Lagoa Dourada e Carandaí. No fim de semana anterior, quando Alex e Maria foram a Resende Costa, eles haviam voltado por Prados. Mas gostamos tanto da estrada entre Lagoa Dourada e Carandaí que optamos por refazer o mesmo trajeto da ida.

Pegamos as motos e seguimos em direção de Lagoa, já com o plano de fazer uma parada em Carandaí, em um restaurante à beira da BR-040 chamado Estação Carandaí. E assim foi. Atravessamos Lagoa Dourada, passamos pelo centro de Carandaí e chegamos ao restaurante, em que aproveitamos para tomar mais um café antes de seguir para Barbacena.

Foi um ótimo passeio! Viajar de moto faz bem para a mente, nos desconecta da rotina intensa do trabalho e nos dá a oportunidade de aproveitar a companhia de bons amigos.

A presença do Alex e da Maria sempre torna tudo ainda melhor. Além disso, foi bacana conhecer uma área diferente de Resende Costa, o Parque de Exposições, e ver que o encontro de motociclistas por lá é bem organizado e animado.

Que venham outros passeio como este neste ano!











sábado, 8 de março de 2025

De volta à estrada

Depois de algumas semanas bastante turbulentas, já era passada a hora de pegar a estrada. Mesmo que fosse para um pequeno passeio.

Há algumas semanas, a Rochelli torceu o tornozelo jogando vôlei. Foi uma torção muito feia, que a obrigou a ficar com o tornozelo imobilizado, andar com a ajuda de muletas e se afastar do trabalho por 60 dias. Para complicar ainda mais as coisas, nossa gatinha Lisa, já idosa, ficou doente e faleceu na última quinta-feira, após o carnaval. Ela já tinha algumas doenças crônicas, principalmente renais devido à idade, mas a piora repentina, apesar de todos os nossos esforços, foi um baque. Todo o nosso foco, nesses dias, estava voltado para medicamentos, exames e tentativas de recuperação.

A moto e a estrada, neste sábado, eram mais necessárias do que nunca. Sair de casa, fazer um bom passeio e apreciar belas paisagens sempre são estímulos à melhora em meio à reflexão.

Não preciso dizer que foi um passeio solo. Saí na manhã de sábado com a ideia de ao menos tomar um café em algum outro lugar, mesmo que na estrada. Acabei pegando a bela e conhecida BR-265, em sua sinuosa descida pela Mantiqueira. Pensei em ir até Mercês, mas me contentei em alcançar Santa Bárbara do Tugúrio, aproveitando para fazer uma parada na Lanchonete e Restaurante do Posto SBT, onde nunca havia parado antes.

Fiz um pedido simples e até trivial: um pão com linguiça e um café com leite, que estavam muito bons, na medida certa, sem aquele exagero de algumas porções de paradas de estrada e com um preço justo. O atendimento também foi bem legal. Apesar de um pouco escondida (por estar recuada em relação à estrada) e de ter uma estrutura um tanto antiga, é uma boa parada e condizente com o que se propõe. Vou me lembrar de parar ali mais vezes quando estiver com fome naquela altura.

Depois do café da manhã, subi a serra e voltei para casa, pois almoçaria com a Rochelli.

No fim, acabamos almoçando com meus pais no Pesque e Pague Paraíso, saboreando uma ótima porção de tilápia, o que foi uma excelente surpresa para o dia. Mas, dessa vez, fomos de carona, de carro.

Ao final, foi um ótimo sábado, que me fez lembrar que, mesmo sozinho, andar de moto é curativo e terapêutico.