Depois da nossa viagem a Formiga e muitos, muitos dias de tempo chuvoso, esse domingo foi um dia para voltar a pegar uma estradinha. Como a Rochelli estaria de plantão, saí já com planos de fazer um passeio solo.
Pensei em alguns destinos tranquilos e próximos possíveis e resolvi dar um pulo em São João del-Rei, para almoçar. Apesar de eu ter visitado a região recentemente, de carro com parentes (na verdade, fomos a Tiradentes), São João é uma daquelas cidades com bastante coisa legal, mas que eu e a Rochelli ainda não pudemos dar a atenção merecida, com tempo para conhecermos devidamente os lugares.
Pesquisando no Google Maps, pude ver que ali próximo ao largo da Igreja de São Francisco de Assis existem várias opções para comer: Bob's, Subway, Hakuna Batata... Mas me chamou atenção um restaurante chamado Villeiros e essa, portanto seria a minha primeira opção para almoçar por lá.
Saí por volta das 9h30min da manhã e peguei uma estrada bem tranquila. Pouquíssimos caminhões, por ser um domingo, e um transito tranquilo de carros também. O tempo estava muito bom e fazia muito calor, motivo pelo qual optei por ir com minha antiga jaqueta de viagem, da Texx, bem mais ventilada e adequada a essa época de verão.
Notei na moto algo que estava me incomodando e que, outro dia pela cidade tinha interpretado como uma perda de potência. Na verdade, o motor da Ténéré está ótimo e recém saído da revisão. Percebi que a as manoplas estavam desgastadas, relaxando e deslizando pelo guidão. Não são mais as originais pois tive já de trocá-las. Provavelmente, por conta de todo esse calor infernal que anda fazendo, dilataram. Aí, principalmente a da direita deslizava continuamente enquanto eu tentava acelerar. Bem chatinho viajar assim, mas, como era possível ir me adaptando pelo caminho, resolvi seguir viagem assim mesmo. Em Barroso, dei uma parada para uma verificação com mais calma. Administrável. Segui.
Chegando em São João, fui direto para o largo de São Francisco e percebi que os restaurantes e lanchonetes não estavam ainda abertos. Aproveitei e visitei a praça e os jardins da igreja, muito linda. Estava sendo realizada a missa de domingo. Procurei sombras para sentar um pouco e pude perceber o comércio local abrindo ali pelas 11h. O restaurante Villeiros abriu às 11h15min e pude verificar se tratar de um buffet a quilo bem legal e com muitas opções. O preço não é dos mais baratos, mas havia muitas opções não tão comuns em buffets a quilo tais como bacalhau, camarão e cortes nobres de carne. O almoço estava uma delícia.
Saindo dali ainda passei numa farmácia para comprar um desodorante que havia acabado lá em casa e resolvi tomar um açaí. Tudo bem próximo.
Ah, antes de voltar a moto e pegar a estrada, ao olhar para o acesso da igreja, na praça, percebi um grande grupo de Fuscas reunidos para algumas fotos. Parecia ser algum tipo de clube parando após algum passeio com os carrinhos. Sempre gostei de Fusquinhas. Um carro com personalidade em meio a tanta mesmice e falta de criatividade dos automóveis atuais.
Depois de algumas fotos extras portanto, foi só voltar para casa com a mesma tranquilidade e curtindo a estrada da mesma maneira como na vinda.
Uma boa escapada de moto nas férias, aproveitando a brecha de tempo bom. Espero muito conseguir fazer mais viagens ou passeios (mesmo que pequenos) antes que as férias escolares acabem!
Essa viagem foi uma daquelas bem programadas, com antecedência. Eu e a Rochelli estamos completando 10 anos juntos nesse dias 10/01. Dez anos! É realmente incrível e um marco para se comemorar. Depois de nossa viagem a Teresópolis, já começamos a pensar para onde iríamos da próxima vez, utilizando o dinheirinho que separamos em nosso fundo para viagens maiores (com hospedagem). Na verdade, eu havia visto o Hotel Ramada by Wydham Funaspark ainda antes de viajarmos a Teresópolis, mas resolvemos visitar a região serrana do Rio de Janeiro primeiro. Agora, em janeiro, com as férias escolares, parecia um bom momento para viajarmos para outra região, no caso, o oeste de Minas Gerais. O único problema seria o período de chuvas, mas, se não arriscarmos, temos de ficar janeiro inteiro em casa, não é mesmo? Na pior das hipóteses, ainda poderíamos viajar de carro (Plano B).
Resolvemos sair não muito cedo, por volta das 8h da manhã pelo fato do check-in do hotel ser apenas às 15h. A previsão de viagem do Google Maps era de cerca de 4h30min, mas certamente pararíamos várias vezes no caminho para conhecer novas paradas, descansarmos, enfim, curtirmos bastante o novo trajeto e as novas estradas.
Pegamos a conhecida BR-265 para São João del-Rei, onde tomamos café da manhã no tradicional O Legítimo Rocambole de Lagoa Dourada. A 265 até São João estava bem movimentada, talvez por ser uma segunda-feira. Atravessamos a cidade e pegamos a BR-494 para Ritápolis, São Tiago e Morro do Ferro. O tempo estava um pouco nublado, mas com temperaturas amenas e sem chuva. Estrada ótima, com piso muito bom, tranquila, com pouco movimento. Chegamos finalmente na Fernão Dias, a BR-381, onde fizemos uma nova parada, no Restaurante Juá.
Depois do minúsculo trecho da 381, seguimos para Oliveira, novamente pela 494, passando por Carmo da Mata e depois pegando a MG-260 por Lamounier e Itapecerica, onde viramos para a MG-164, passando por Neolândia e alcançando a MG-050, que é a estrada que liga Divinópolis a Formiga. Todas essas estradas estavam bem tranquilas e viajamos em um bom ritmo, mas sem correria também. Quando alcançamos a 050, contudo, pegamos mais uma parte movimentada, com muitos carros e caminhões. Lá, no trajeto para Formiga, fizemos mais uma parada, no Quiosque do Milho, logo após Betânia. Essa parada não foi tão boa. O lugar parecia ser interessante, rústico e bem bonitinho, mas o atendimento... Sofrível. Bem, seguimos.
Alcançamos finalmente Formiga e atravessamos o contorno rodoviário. Aproveitamos para fazer nossa última parada, para abastecimento, e fizemos um bom lanche, pois já sabíamos que iríamos chegar após o horário do almoço do hotel. Paramos no Posto Prodoeste e comemos na Churrascaria Santa Cruz. Dali, foi só seguirmos para o hotel, que fica em um dos braços da Represa de Furnas. Seguimos pela MG-050 até a estrada de acesso para o hotel e, em pouco tempo, já estávamos na portaria.
Ao chegarmos, custamos a perceber que havia um interfone para chamarmos o hotel para abrir a cancela da entrada... Kkkk. Uma vez dentro, pudemos ver o belo hotel com toda a estrutura externa.
Reservamos apenas duas diárias, para conciliar com a negociação de folga dos plantões da Rochelli. Mas esse pequeno descanso, somado às viagens de ida e de volta (sempre boas) com certeza daria para recarregar as baterias.
O hotel é incrível, com um sistema de piscinas interligadas que, para nossa surpresa estava com a água bem morna. Ainda dispunha de uma piscina térmica, fechada (que nem usei, para se ter uma ideia). O quarto era muito confortável e todas as refeições estavam incluídas. No primeiros jantar e café da manhã, achamos as refeições bem simples pelo valor e padrão do hotel. Mas mudamos de opinião no segundo dia: almoço, jantar e café da manhã muito completos e com ótimas opções.
Curtimos bastante o hotel, principalmente as piscinas. As instalações contavam ainda com salão de jogos, cinema, quadras de tênis, vôlei de praia, horta, entre outras coisas. E, o mais impressionante, um aeródromo com pista asfaltada e torre. Realmente impressionante.
Foram dois dias de um ótimo descanso.
Resolvemos retornar pelo mesmo trajeto que havíamos feito, pois achamos as estradas muito boas e tranquilas. Tomamos aquele café da manhã e resolvemos ir embora ainda antes do almoço (embora tivéssemos direito a almoçar), pois percebemos que não teríamos fome tão cedo. Fizemos o check out e saímos por volta das 11h30min. Era bom para tentar evitar as chuvas, que ocorrem mais na parte da tarde nesta época do ano.
Tomamos o rumo de volta a Formiga e tivemos que parar em um posto para calibrar o pneu dianteiro da Crosser da Rochelli (nosso calibrador portátil descarregou bem na hora do pneu dela). Dali, seguimos de volta pelas MG-050, MG-164, MG-260, BR-494 e, finalmente, a BR-265. Chegamos a pegar uma boa pancada de chuva nos arredores de Itapecerica, mas viemos secando pelo caminho depois... kkkk
Paramos para comer no Posto Beira Rio, o qual fica no município de Cláudio, e ainda demos aquela paradinha final no Legítimo Rocambole em São João del-Rei para descansar e esticar as pernas. Também abastecemos em um posto dentro de São João.
O retorno a partir dali foi tranquilo e em pouco tempo já estávamos em casa.