quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Almoço em Lafaiete

Este sábado foi um dia para darmos uma volta de moto, fazer um pequeno passeio ou viagem. Acabou que ficamos um tempinho sem rodar, pois no final de semana passado, fomos fazer as provas do CNPU (Concurso Nacional Público Unificado), em Juiz de Fora, mas optamos por ir de carro.

Resolvemos voltar a Conselheiro Lafaiete, para almoçar por aquelas bandas, já aproveitando a isenção dada às motocicletas pela nova concessionária da BR-040.

Saímos bem tarde, por volta das 10h da manhã, contando a parada para abastecimento da Crosser e da Ténéré. O tempo estava bem estranho: sem nuvem alguma no céu, mas bastante enevoado, acizentado... Tudo indica que era um efeito das grandes queimadas que vêm ocorrendo nos últimos dias, com destaque para algumas de proporções gigantescas no estado de São Paulo.

Saímos e fizemos uma viagem bem tranquila pela 040, conversando sempre e aproveitando para fazer algumas tomadas legais com as câmeras. Avistamos muitos resquícios de queimadas ao longo das margens da estrada. Na ida, dei uma grande bobeada em um radar novo instalado no trecho logo após Pedra do Sino. Fui retribuir o cumprimento de um motociclista e estava bem distraído, conversando com a Rochelli. Lembrei e avistei o poste com a câmera bem em cima e fiz uma freada forte, porém com segurança. Acho que passei abaixo dos 60 Km/h, mas sempre fica aquela dúvida. Vou acompanhando para ver se não receberei alguma notificação de infração.

Chegando a Lafayete, pegamos a primeira entrada, que a Rochelli já conhece bem, por conta da faculdade e fomos em direção ao centro. Acabou que erramos uma rua após termos desviado um pouco do trajeto que ela fazia (para a a faculdade), mas deu tudo certo. Chegamos ao centro e fomos buscar algumas boas opções de restaurantes que havíamos observado na internet na véspera. Terminamos por almoçar no Deguste Cafeteria e Restaurante, um restaurante bem legal no centro da cidade, pequeno, porém com boas opções. Ficamos um bom tempo lá conversando e desfrutamos de sobremesas e cafés após a refeição.

Dali, resolvemos dar uma passadinha no Mirante do Cristo, o qual visitamos há muitos anos. O local continua bem legal, com uma barraquinhas e parquinho para crianças, além de espaço para artesanato. Infelizmente, as pichações dão um ar de abandono, o que não é verdadeiro.

Depois da visita ao mirante, resolvemos que já era hora de voltarmos a Barbacena. 

Foi um passeio simples de moto, para um almoço singelo, mas que, como sempre, valeu a pena!








sábado, 3 de agosto de 2024

Descobertas

Com o recesso escolar chegando ao fim, resolvi aproveitar para fazer um passeio mais longo, do tipo exploratório. A ideia era pegar alguma estrada nova no sábado, passando por lugares desconhecidos. A Rochelli estaria de plantão, então seria mais um desses passeios solos mesmo.

Fiz algumas rotas possíveis, mas a que mais me chamou atenção para esse dia é a estrada que liga a pequena cidade de Guarani a São João Nepomuceno, passando pela localidade de Descoberto. A estrada passa por uma região interessante, em meio a pequenas serras e próxima a Pedra do Relógio. Já havia examinado essa rota e as cidades pelo caminho em um dia desses do recesso da escola.

Resolvi sair bem cedo, para rodar com calma e parar em quanto lugares eu quisesse. Acordei juntamente com a Rochelli, que iria sair para o trabalho. Conversamos cedinho e nos despedimos, eu, desejando um bom dia de trabalho, ela, desejando um bom passeio e com o habitual pedido para tomar cuidado. Normal... kkkk. Sou um cara muito cuidadoso na estrada, não sou de velocidade, mas de curtir passeios, viagens e lugares, como fica claro em cada relato aqui do blog. Mas é claro também que viagens sempre têm risco. De moto então... Tem-se sempre que estar ciente dos riscos e nunca perder aquele "medo" que nos deixa mais prudentes. Ele é o nosso aliado.

Por volta das 7h e poucos, já estava completando o tanque da Ténéré e fazendo os últimos ajustes. Dessa vez, levaria mais uma GoPro, da minha mãe, que estava bem parada, sem uso na casa dela. Melhor usar do que deixar as baterias viciarem sem carga. Ela me emprestou de bom grado a câmera, que será bem útil, principalmente quando rodarmos eu e a Rochelli. O tempo estava um pouco nublado e bem frio, o que me fez inclusive colocar o forro da minha jaqueta (até para testá-lo em uma situação de frio intenso na descida da Serra da Mantiqueira). Imaginava, àquela altura, que o tempo iria melhorar e esquentar muito quando atingisse as cidades de mais baixa altitude.

Peguei a conhecida BR-040 e segui pela descida da Serra da Mantiqueira na BR-265, passando pela íngreme e linda passagem por Santa Bárbara do Tugúrio. Ainda paguei o pedágio da 040, que está tendo sua concessionária trocada. Aparentemente, motos serão isentas de pedágio pela nova concessionária daqui a alguns dias. Não usufrui, pois, ainda dessa benesse... Seguindo pela 265, passei por Santa Bárbara, Bom Retiro, os trevos de Mercês, Rio Pomba e fiz uma parada em uma lanchonete no trevo de acesso da MG-285, estrada para Piraúba. Lá pedi um pão com linguiça e um café com leite. Aproveitei para verificar as câmeras, trocar baterias, etc.

Seguindo, alcancei Piraúba, e, atravessando a cidade, peguei a estrada para Guarani. Este trecho eu e a Rochelli já havíamos percorrido quando fomos em direção a Rio Novo. Acabei errando um trevo chegando em Guarani e saindo na rodoviária, mas achei que não seria prático passar por ali, dei a volta e peguei o outro acesso, atravessando a pequena cidade para pegar, agora sim, uma rodovia completamente nova, mais simples, que segue para Descoberto.

Percorrendo essa nova rodovia, a LMG-860, pude vislumbrar belas paisagens serranas. A estrada, simples e bem deserta, estava em boas condições e possibilitou uma pilotagem bem tranquila. Ao longo do trajeto, fiquei de olho nas entradas para estradinhas vicinais em direção à Serra do Relógio, que foi surgindo na proporção dos quilômetros percorridos. Era uma ideia inicial da Rochelli visitar a Pedra do Relógio, mas eu gostaria de obter mais informações sobre o relevo e as estradas de acesso para não corrermos o risco de entrarmos numa roubada. Pude ver que as estradas das fazendas eram bem rudimentares, serpenteando por um relevo bem acidentado. A se considerar para aventuras futuras...

A chegada em Descoberto é pelo alto, descendo uma colina acentuada, algo que me lembrou bem a chegada da cidade de Ibertioga, vindo de Barbacena. Depois de uma ponte estreira, acessa-se um trevo: para um lado, a pequena cidade e para o outro, a continuidade da estrada, a qual toma o rumo de São João Nepomuceno. Entrei na cidade e segui diretamente para a praça central, onde parei para conhecer e tirar fotos. Estava acontecendo uma feira livre bem no meio da praça. Não reparei lugar algum que me chamasse atenção para lanchar e também não estava ainda com muita fome. Poderia seguir viagem e tentar encontrar alguma parada interessante ao longo da estrada.

Partindo em direção a São João, encontrei uma estrada bem cuidada também em meio a serras, mas sem grandes subidas ou descidas íngremes. A estrada é muito bonita também para aqueles lados, como havia mencionado o tio Célo. Em pouco tempo alcancei o pórtico de entrada da cidade.

São João Nepomuceno é claramente uma cidade maior e mais desenvolvida nesta região. Chegando, reparei logo a curiosa estátua de um Cristo Redentor localizada bem em cima da torre de uma igreja, algo que jamais tinha visto. Depois soube se tratar da Igreja do Rosário.

Dali, fui ao centro da cidade. Estava bem movimentado e me lembrou muito as ruas do centro de Cataguases, com a estação e aquele ar de uma antiga região da cafeicultura mineira. Consegui parar bem próximo à estação, em uma parte de vagas reservadas a motos. Muitas motos nas ruas mesmo, como qualquer cidade mais quente. Explorando os arredores e a própria estação, percebi que a mesma foi transformada em um terminal de ônibus, mas também em um museu com entrada gratuita, que eu pude visitar brevemente. Muito interessante e bem conservado. Dei uma breve olhada ao redor buscando locais para comer (às vezes lanchar, às vezes almoçar), mas mais uma vez, não encontrei nada que saltasse aos olhos. O "almoço" ficaria para mais tarde em algum ponto ao longo da estrada, no retorno.

A partir do centro, segui para a igreja matriz, que eu havia marcado no GPS. Apesar da rota definida, acabei me confundindo e saí em algumas ruas calçadas nos fundos da colina onde se localiza o templo. O Garmin Etrex 10 é um GPS de trilha e não mostra ruas nem os mapas da cidade, muito menos faz recálculo de rotas, então isso complica um pouco as coisas. Por outro lado, isso também é positivo, porque sou sempre forçado a examinar as rotas previamente, os mapas, verificar as cidades, o que, claro, eu adoro também, kkkk. A imponente Igreja de São João Nepomuceno fica em uma parte mais alta e muito bonita da cidade. Conta com praças bem cuidadas imediatamente à frente e em um dos lados. Muitas palmeiras decoram a praça frontal e a vista da cidade a partir do adro é muito bela. Pareceu-me um local de muita paz.

De São João, a rota já era de retorno, mas agora via Bicas de Juiz de Fora, aproveitando para conhecer mais um trecho de estradas. Pegando a MG-126 para Bicas, vai-se atravessando alguns morros, algumas partes mesmo de pequenas serras. Ainda pude passar na pequena cidade de Rochedo de Minas, na qual pude entrar brevemente e tirar algumas fotos.

Não muitos quilômetros à frente, cheguei a Bicas , atravessando o centro da cidade, que estava também bem movimentado. Fui fazer minha parada para almoçar em um restaurante situado no trevo de entroncamento com a BR-267, chamado Parada Certa Lanchonete e Restaurante. Lá pude fazer um prato com preço por quilo bem em conta. A comida era simples, mas muito bem feita.

A partir dali, era seguir pela 267 até Juiz de Fora e depois retornar pelo caminho habitual, a 040. Resolvi fazer a rota pela 267 pegando o trecho da antiga União e Indústria que depois coincidia com a Avenida Brasil, tomando, portanto, um caminho mais longo do que a passagem pelos bairros Santo Antônio e Nossa Senhora de Lourdes. Valeu a pena passar pelo antigo traçado da estrada que dá inclusive acesso à antiga Usina de Marmelos. O único problema foi uma pequena parte em que, por motivo de obras de recapeamento, teve recortado o asfalto antigo, deixando a pista com aquelas ranhuras nada boas para motos.

Em Juiz de Fora, percorri a Avenida Brasil, ao lado do Rio Paraibuna, até uma das saídas mais habituais para a 040: a do Distrito Industrial. Dali em diante, foi seguir aquele que, para mim, é o trecho mais conhecido da 040, numa estrada de velocidade média bem mais alta do que aquelas que eu havia percorrido neste dia de exploração. Havia um bom movimento de carros neste sábado na 040, mas isso não tirou o prazer de viajar e apreciar as paisagens.

Cheguei em casa satisfeito, com a mente descansada e com o corpo até bem inteiro. Acho que dava para rodar mais uns bons quilômetros sem problemas! Kkkk

Mais um bom passeio exploratório para a conta, com mais estradas e quilômetros percorridos.