segunda-feira, 29 de julho de 2024

Não abandonei as estradas

Bom dia meu povo! Estou de volta. Rsrs claro que não abandonei a Crosserzinha e nem as estradas né? Estão doidos? Só estava com muita coisa. Cada dia era algo pra fazer, trabalho, etc. Só que resolvi tirar um tempo para dar um passeio com meu lindo. Já que é a última semana que ele estará de férias.

Resolvemos sair numa segunda feira de manhã para dar uma pequena volta e recolhermos alguns carimbos. Saímos umas 9h. Pegamos estrada rumo a Caranaíba. Mas paramos no Carroção pois eu estava de jejum. Não é bom sair com barriga vazia. Comemos rapidamente e seguimos.

Dia muito bonito. Aquele de que mais gosto: céu azul e friozin. Seguimos para Caranaíba. Serra linda como de costume em Minas. Cidade pequena, poucas pessoas. Paramos perto da igreja principal, tiramos algumas fotos e seguimos. Lá estava muito quente e minha roupa estava me matando de calor, kkk. Quem é motociclista sabe como é.

Seguimos para Santana dos Montes, pois havia muito tempo que não íamos até lá. Pelo jeito teve uma quadrilha no dia anterior. Algumas bandeirinhas e barracas montadas. Cidade também pequena e muito parada. Um silêncio. Paramos novamente na igreja principal e resolvemos seguir para Carandaí, pois lá tinha o carimbo da Estrada Real. Nos outros lugares eram apenas carimbos digitais. Só o Felipe tem o app com eles. Eu não tenho. Paramos num prédio bem antigo, subimos uma escadaria e lá estava a menina para carimbar. Pronto. Mais um carimbo na conta.

Estávamos sem fome devido o lanche anterior no Carroção. Só tomamos um açaí mesmo. Eu nem gosto de açaí né? Imagina. Seguimos para Ressaquinha e em seguida Alfredo Vasconcelos. Apenas carimbos digitais nessas cidades. Infelizmente. Paramos para o Felipe marcar no app, rapidinho.

Seguimos para a nossa incrível, espetacular e esplêndida Barbacena. Kkkkk (contém ironia). Como o açaí não é um almoço, chegamos e fomos tomar um café para matar ainda mais a fome. Bom, porém caro para o oferecido.

Mas no final das contas foi mais um ótimo passeio, com calma, tranquilidade e mais experiência na nossa conta.






















quarta-feira, 24 de julho de 2024

Curso completo

Mais um passeio aproveitando o período de recesso da escola. Mais um passeio solo por conta do trabalho da Rochelli no sistema de plantões do hospital. De qualquer forma, é bom poder rodar e revisitar alguns lugares pelos quais não passei há anos.

Um desses lugares era Santa Rita do Ibitipoca. Passamos por lá no início de 2016, quando fizemos um passeio muito doido até Conceição do Ibitipoca! No susto! Faz muito tempo mesmo!

Com certeza, já era hora de retornar para aquelas bandas, ver como estavam as estradas e as pequenas cidades. Não até Conceição do Ibitipoca (lugar para onde ainda iremos, para dormir em alguma pousadinha confortável e para desfrutar novamente do parque estadual), mas ao menos até à pequena cidade de Santa Rita.

De antemão, já tinha informações de que o trecho da MG-338 entre Barbacena e Ibertioga estava com seu recapeamento asfáltico terminado. Certamente, estaria um tapete até Ibertioga. Depois, sabia de forma genérica que as estradas não estavam boas. O trecho que vai até o trevo para Santana do Garambéu até já percorremos algumas vezes. Mas pela parte além do trevo de Santa Rita, que ruma para o sudeste da região, não passamos desde aquele longínquo 2016.

Saí não muito cedo. Acredito que já era por volta das 9h30min e ainda teria que abastecer. A rota realmente não era longa e eu teria o dia inteiro para explorar a região. Peguei a parte inicial da estrada, que passa pela Colônia Rodrigo e Silva, uma antiga colônia de imigrantes italianos de Barbacena e pelo Distrito de Campolide, o qual fica na divisa dos municípios de Barbacena e Antônio Carlos. Nenhuma suspresa até ali. Estrada tão conhecida que é praticamente nosso quintal de testes, kkkk. De Campolide até Ibertioga, a estrada estava realmente um tapete, conforme os relatos que eu tinha com um colega da escola, o Prof. Elinho, que mora em nessa cidade. Bem tranquila a viagem por uma estrada por si só muito bonita mesmo, com partes altas e alguns vales. Depois de Ponto Chique do Martelo tem um trecho mais sinuoso e uma descida de uma serrinha ao chegar em Ibertioga.

Seguindo pela MG-338, cheguei ao trevo para a estrada de Santa Rita. Havia um bloqueio com montes de terra e apenas uma pequena passagem. Sinal de obras grandes, provavelmente impedindo o tráfego de veículos grandes, ou talvez até de todos os tipos de veículos. Difícil saber. Mas a cidade não poderia estar completamente isolada, sendo esse o principal acesso. Lembrei-me de uma outra estrada a partir de um bairro de Ibertioga e pela qual havíamos passado lá em 2016. Era uma estrada pavorosa, cheia de costelas e uma terra muito dura. Se aquele era o único acesso, o pessoal da cidade deveria estar mal. Não dava para saber se a outra estrada eventualmente fora melhorada... Muitos anos tinham passado daquele passeio.

Segui pelo trevo parcialmente impedido pelo que um dia foi uma estrada asfaltada. Hoje é o pior dos cenários: partes de asfalto velho, partes de terra batida dura, muito compactada por caminhões. De cara, poucos metros à frente, um desvio à direita foi feito para veículos pesados. Segui pelo desvio, apesar de estar de moto. Queria sair daquele misto de asfalto velho com terra e não me arrependi. O desvio subia uma colina e serpenteava lá pelo alto, num corte bem largo com terra bem fofa e solta. O maior poeirão. Mas uma vista lindíssima para o sudeste, sendo possível avistar a Serra de Ibitipoca.

Um pouco mais à frente, mais obras. Estavam bloquetando uma subida bem íngreme. Confesso que pensei em desistir e voltar, pois, lá do alto, de onde eu estava, só via a ladeira com uma terra funda e recém jogada para a colocação dos bloquetes e uma barreira de cones lá em baixo, impedindo a pista toda. Cheguei a dar meia volta no início da descida. Mas lembrei-me de ter cruzado com um carro algum tempo antes. Não era possível que estivesse completamente impedido. Iniciei a descida com cautela, pois tudo estava muito solto e cheguei à "barreira". Alguns operários foram logo tirando os cones e, passando pela lateral bem estreita da pista, em meio a montes de terra, cheguei à parte bloquetada. Mesmo nessa, ainda era preciso cuidado: um pó finíssimo cobria o novo piso de bloquetes e, embora não dê para perceber nas filmagens da GoPro (elas sempre dão a ilusão de que tudo é muito plano e seguro), a inclinação da descida era bem considerável (não à toa estavam colocando os bloquetes).

A estrada seguia muito mista e inesperada. Terra, terra solta, bolsões de areia, partes cascalhadas e alguns pequenos trechos em que era ainda possível rodar no asfalto fragmentado. Em pouco tempo, cheguei a uma pequena igreja na beira da estrada e mais um punhado de casas. Mais tarde vim a saber que se tratava da Comunidade Santa Clara, acredito que algum tipo de distrito ou lugarejo de Ibertioga.

Seguindo pela estrada de Santa Rita, surpresa... O asfalto volta novamente. Agora com partes remendadas e outras bem decentes. Há trechos entre plantões de eucalipto, outros em morros mais altos, com ótimas vistas. É preciso ter bastante cuidado nas partes finais, já próximos à cidade, pois há diversas travessias de gado de fazendas com lotes dos dois lados da estrada.

A chegada em Santa Rita do Ibitipoca é bem marcada pelo bonito pórtico na entrada da cidade, que é bem pequena. Em pouco tempo já estava no centro e parei bem em frente à Paróquia de Santa Rita, onde aproveitei para descansar um pouco em um dois muitos bancos da muito bem cuidada praça principal. Nesta praça há uma fonte bem grande (que estava desligada) e uma estrutura montada de barracas ou quiosques, talvez para alguma feira de livre ou de artesanato.

Depois de ficar ali por um tempo, peguei a Ténéré e segui ainda mais para a frente, na direção do acesso à Conceição do Ibitipoca, por onde passamos da outra vez. Hoje não seria o dia de refazer aquele percurso maluco, mas é uma boa ideia para uma viagem de alguns dias com a Rochelli para, finalmente, conhecermos, em definitivo, as belezas do parque do Ibitipoca. Ainda vi uma placa que indicava o acesso à estrada de Paraíso Garcia e Bias Fortes. Essa, com certeza irei percorrer em breve, fazendo um outro circuito pela região.

Não encontrei nenhum lugar que me chamos a atenção para comer alguma coisa. Contudo estava ainda bem sem fome para almoçar e, por isso, resolvi que o melhor seria retornar e comer alguma coisa na estrada ou mesmo almoçar em Ibertioga ou Barbacena, dependendo de como fosse a viagem de volta.

Percorri o exato caminho pelo qual tinha ido, não fazendo, portanto, nenhuma estripulia de rotas alternativas sem estarem mapeadas no meu Garmin. É fácil se perder nessa região de muitos morros e estradas vicinais de fazendas. A chance de entrar numa enrascada é grande também. Sozinho, não compensa muito sair adoidado explorando não. A aventura já era grande o suficiente dado a variação de condições daquela estrada. Ainda teria aquela pirambeira de bloquete e terra fofa para subir no retorno... Mas tudo correu muito bem e fiz um treinamento intensivo de pilotagem com a Ténéré. Quem quer aprender a dominar um pouco mais de sua motocicleta, deve, sem dúvidas, fazer esse trajeto de Barbacena a Santa Rita.

Chegando em Ibertioga, encontrei um bonito restaurante com comida simples e cobrada a quilo, por um preço muito em conta, chamado Sabor da Terra. Almocei por lá e fiquei bem satisfeito. Dali a Barbacena, a estrada ótima faria a viagem ser apenas um pulo.

Ao final, o passeio foi ótimo! Pude revisitar pequenas cidades e estradas pelas quais há anos não passava. Tanto Ibertioga quanto Santa Rita estão lindas. Muito bem cuidadas.

Não demorarei tanto tempo mais para voltar por estas bandas. Vale muito a pena!