O motociclismo por si só já junta muitas pessoas legais, com um propósito e um objetivo: estrada! Estar na estrada é algo maravilhoso. Só quem anda sabe. Liberdade, paz... E como sabemos o bem que faz, nada mais justo que apresentar isso a novas pessoas.
Resolvemos então chamar o Samuel (com quem já rodamos em alguns lugares) e dessa vez o Thiago com sua namorada, Duda. Ele pegou a moto recentemente e não tem experiência em estrada. Queria ir a Tiradentes. Achamos meio complicado pela estrada perigosa, mas com a rota feita por Carandaí até que ficou mais tranquilo.
Tudo combinado para encontrarmos eles no aupermercado Mart Minas às 8h. Chegamos e o Samuel já estava lá, muito pontual como sempre. Thiago estava a caminho. Um frio que nem a roupa de moto estava segurando. Fiquei imaginando o pessoal que estava com roupas mais comuns. Ofereci minhas luvas para a namorada do Thiago, mas muito tímida não aceitou inicialmente. Eu sabia que ela mudaria de idéia, kkk. Pegamos estrada até o Carroção em Carandaí pra tomar um café e tentar descongelar um pouco.
A estrada estava bem movimentada para o lado oposto, porém fomos com calma para que não houvesse risco algum. Terminamos o café e bora para Lagoa Dourada. Duda aceitou minhas luvas, kkk. E o Thiago aceitou as do Felipe. Seguimos rumo a Lagoa Dourada. O frio foi diminuindo e não estava tão doído ficar na estrada.
Chegamos no Legítimo Rocambole para que experimentassem o famoso e mais falado doce de Lagoa. Estavam querendo até levar pra casa após comerem bastante. Seguimos novamente e dessa vez para Tiradentes.
Um movimento danado chegando na cidade e só depois lembramos que era feriado religioso e a cidade estava tendo algumas comemorações. Logo pensamos que nem ficaríamos. Não tinha nem lugar pra parar direito. O Thiago só queria ser apresentado ao chafariz, kkkk. Descansamos um pouco e resolvemos ir embora. Thiago e a Duda queriam almoçar, mas o resto de nós nem comida aguentava olhar mais.
Paramos no restaurante Tutu na Gamela, que fica bem na entrada de Tiradentes. Eu fiquei de companhia com os "almoçantes" e o Felipe foi com o Samuel de volta até São João del-Rei para comprar o rocambole que o Samuel tanto queria pra levar de presente. Os dois chegaram no restaurante novamente, esperamos o casal terminar o almoço e seguimos para Barbacena.
Voltamos até bem tarde. Estrada tranquila na volta. Sem pressa. Só tive um pequeno susto ao me deparar com um cachorro gigante e eu a 100 Km/h. Perna gelou, estômago doeu, kkkk, mas nada que um bom reflexo não tenha resolvido. É com sustos que ficamos ainda mais espertos. Temos que respeitar a estrada. Esse é o caminho de passeios bons e longe de qualquer tragédia.
Chegamos em Barbacena com tranquilidade. Nos despedimos e esperamos que eles tenham aprendido um pouquinho de como é estar na estrada e queiram voltar para passeios ainda mais legais e longos.
Os amigos Alex e Maria estavam com a ideia de ir a Petrópolis para fazerem compras na famosa Rua Teresa. É um local já tradicional para compras de roupas dos mais variados tipos com qualidade muito boa e preço bem em conta. Já haviam feito um bate e volta com o Paulo e a Natália, mas, pelo que parece, saíram tarde de Barbacena e não haviam aproveitado realmente naquela oportunidade.
Ao longo dessa última semana, o assunto de um retorno a Petrópolis foi ganhando força. Eu e a Rochelli, claro, tínhamos grande interesse em ir. Principalmente se considerarmos que, da última vez em que fomos, esquecemos de levar nossos passaportes da Estrada Real. Ficamos sem o carimbo de Petrópolis, uma pena. Agora era a hora de buscar esse carimbo esquecido.
Como a distância é de cerca de 230 Km e a cidade tem inúmeras atrações, o ideal seria uma viagem para passar ao menos uma noite lá. Se possível, na verdade, duas, saindo na sexta e voltando no domingo. Só que nem todos tinham essa possibilidade. O Paulo e a Natália não poderiam dormir lá. A Rochelli também, com seu trabalho em regime de plantões contínuos, só poderia viajar para passar noites em outra cidade se fizesse algumas trocas. Isso tasmbém é complicado de articular assim, em cima da hora.
Para nosso azar, bem no meio da semana, nos machucamos. Eu tive algum mau jeito que me deu uma dor intensa no ombro e no pescoço e tive que tomar alguns analgésicos. Nada grave, mas considerando uma viagem de bate e volta de cerca de 470 Km (ida e volta), poderia ser bem complicado mesmo. Já a Rochelli tinha tido uma lesão no dedão do pé jogando vôlei de areia. Foi bem sério e preciso tirar radiografia para saber se não tinha fraturado. Por sorte não. Mas, do mesmo jeito, como encarar um viagem tão longa? Ficamos bem na dúvida até a véspera, na sexta-feira à noite, quando confirmamos com o Alex e com a Maria. Se as dores aumentassem, apesar dos remédios, simplesmente poderíamos voltar de algum ponto do caminho. E assim decidimos. O Paulo e a Natália infelizmente não poderiam ir dessa vez.
Acordamos às 4h da manhã para dar tempo de pegar as coisas que havíamos separado na véspera e ainda vestir as roupas de viagem. Na escuridão da noite, saímos para o ponto de enocntro, fixado dessa vez na Praça Conde de Prados. Pouco tempo depois, chegaram nossos companheiros de viagem. Tudo certo, pé na estrada.
Seguimos pela noite na BR-040 e deixamos que o Alex com seus poderosíssimos faróis ficasse na nossa frente, nos guiando pela escuridão. Fazia bastante frio, principalmente nos trechos de serra. O dia foi começando a clarear quando estávamos na altura de Santos Dumont. Até Juiz de Fora, a estrada é uma velha conhecida. Curtimos bastante a viagem e principalmente o ritmo que mantínhamos com as três motos, sem correrias e tal. Bastante agradável. Seguimos até Três Rios, onde fizemos nossa parada para o café (o Alex já devia estar com crises de abstinência).
De Três Rios até Petrópolis, a estrada toma outra forma. E não estou falando somente da cobrança de pedágios (R$7,25 por moto!), mas do relevo, da serra, do traçado. Paisagens belíssimas em meio a grandes paredões de rocha por todos os lados. Incrível mesmo. O dia ficou perfeito, com o céu predominantemente azul e um a temperatura amena.
Chegamos a Petrópolis através do acesso pela rodoviária, nos encaminhamos ao centro da cidade e, em pouco tempo, encontramos um bom estacionamento já em plena Rua Teresa. Deixamos as motos e os capacetes bem seguros e fomos andar pelas redondezas.
Logo próximo ao estacionamento já visitamos uma loja tida como referência por nossos amigos, mas meio escondida, em uma galeria. Encontramos variadas opções de roupas térmicas e de esportes, porém muito úteis para motociclistas também.
Dali, resolvemos nos separar, pois eu e a minha lindinha tínhamos uma missão a cumprir: carimbar nossos passaportes. Claro que não era nenhum sacrifício. Bastaria andarmos um pouco até a Praça da Liberdade, onde existe um centro de atendimento a turistas. Lá é um ponto de carimbo.
Andar pelo centro de Petrópolis é sempre legal. Fomos conversando e observando a cidade. Quando chegamos fomos muito bem atendidos e conversamos bastante com o guia sobre muitos assuntos: a cidade, a arquitetura, a Estrada Real e os modelos de passaporte e também sobre alguns eventos que estavam ocorrendo na cidade. Infelizmente, não poderíamos ficar para as apresentações de música à noite, pois a Rochelli tinha que trabalhar às 7h da manhã seguinte. Tiramos fotos na bela praça e voltamos à região do comércio de roupas, mas claro, paramos para comer um delicioso pastel de Belém no caminho de volta.
Demoramos a encontrar novamente o Alex e a Maria, apesar de termos nos contatado através dos celulares. Mas isso se deveu ao fato de estarmos visitando as lojas. A Rochelli acabou entrando em uma loja específica com roupas de desenhos animados e séries. Coisas da Disney, da Warner, etc. Ela adora. Acabou saindo de lá com uma camisa e um moletom, kkk. Encontramos nossos amigos na saída dessa loja. Dali, seguimos a um shopping center que tínhamos visto quando fomos procurar o carimbo: o Pátio Petrópolis Shopping. Andamos mais um pouco e almoçamos por lá. Aproveitamos para conversar bastante e trocar nossas impressões sobre a cidade e o comércio.
Resolvermos que um bom horário de retorno seria às 15h. Então, seguimos já na direção do estacionamento, visitamos mais algumas lojas e nos preparamos para o retorno. Pegamos as motos e a partir de indicações e algumas voltas pela cidade, conseguimos, depois de abastecer, sair pela saída do belíssimo palácio Quitandinha.
O retorno desse passeio foi tão bom quanto a ida. Com o mesmo ritmo, curtindo as estradas e suas paisagens. Dessa vez, paramos já no contorno de Juiz de Fora, num lugar chamado Restaurante e Lanchonete do Dubão.
A luminosidade do sol cessou quando estávamos próximos de Ewbank da Câmara. Mais uma vez, seguimos o Alex com seu farol equipado e subimos a Serra da Mantiqueira. A noite não estava tão fria no retorno.
Chegamos em Barbacena, nos despedimos do Alex e da Maria, agradecendo pelo ótimo passeio e ainda demos uma passadinha no Morada para garantir um lanche da noite.