Sexta motociclística! Agora não mais solo, mas muito bem acompanhado. Minha lindinha, reduzindo suas atividades de final de período da faculdade, pôde me acompanhar dessa vez. Ela estava morrendo de saudades de andar de moto. E eu também, de viajar com ela.
Na véspera, tracei alguma rotas interessantes para destinos possíveis. Todas mais distantes, garantindo um dia de muito passeio, paradas e exploração de novos lugares. Acabamos fechando em uma rota direta para Cataguases, cidade por cujo contorno rodoviário havíamos passado em nossa viagem a Guarapari, mas que nunca visitamos. O caminho, embora com estradas já percorridas, é muito interessante e passa por outros municípios desconhecidos por nós. Restava verificar in loco as condições das estradas para além de Rio Pomba, para ver se seria um passeio legal ou cansativo, desviando da buraqueira.
Saímos por volta das 7h30min, abastecendo a Ténéré e pegando a BR-040 rumo a Juiz de Fora. Tomamos a BR-265 para Santa Bárbara do Tugúrio e seguimos em frente para Mercês e Rio Pomba. O dia começou bem frio e bastante nublado, mas foi melhorando na medida em que avançávamos. Também estávamos indo em direção a terras mais quentes, o que certamente ajudaria. Seguimos até que resolvemos fazer uma pequena parada no próxima ao Posto Retiro para tomar um café da manhã. Comemos uns salgados, tomamos café com leite e refrigerante e pegamos novamente a estrada.
Depois de Rio Pomba, após o trevo de acesso à MG-285 para Piraúba, o asfalto piorou bastante. Comum já o mau estado das rodovias mineiras, com inúmeros remendos e alguns buracos traiçoeiros. O piso todo já muito gasto e trincado, parecia estar no limite da vida útil que o asfalto colocado poderia suportar. Passamos a pequena cidade e prosseguimos para a região que não conhecemos tanto assim. Quando outrora percorremos este trecho, estávamos focados num destino muito mais distante, que era o litoral capixaba, e por isso não pudemos dar muita importância para as cidades daquele entorno. Dessa vez, como era diferente, entramos em Astolfo Dutra, para conhecer. Percorremos somente os arredores da rodovia e fizemos uma paradinha, aproveitando para trocar baterias das câmeras e tirar algumas fotos. Dali, seriam apenas mais alguns quilômetros até Cataguases.
Com a estrada melhorando um pouco, chegamos até rapidamente ao primeiro trevo de acesso a Cataguases. Dele até o centro, são uns seis quilômetros após cruzar a ponte sobre o Rio Pomba. Em pouco tempo estávamos transitando sobre o paralelepípedo do centro da cidade, que é bem legal e bonita. Uma típica cidade do café, com arquitetura e plano de ruas que remonta ao final do século XIX e início do século XX.
Conseguimos parar bem no centro, em um local repleto de motos e um pouco antes da estação ferroviária. Ouvíamos o tempo todo um sino insistente, que parecia ser de alerta de alguma passagem de nível ou mesmo de alguma locomotiva, mas estranhamente as linhas férreas pareciam não ser utilizadas há um bom tempo. Fomos visitar a estação, que está em ótimas condições, muito bem preservada e é utilizada por órgãos de patrimônio, como o arquivo histórico (que inveja, pois em Barbacena a Casa da Cultura parece que vai desabar a qualquer momento, tamanho o desaso!). De lá, fomos rodar pelo centro e acabamos descobrindo a origem do tal som de sino persistente: um carro que vendia gás estava circulando o tempo todo com um pequeno sino na carroceria, que badalava conforme passava no calçamento irregular. E os barbacenenses procurando pelo trem! Kkkkk. Seguindo, ali no centro há um comércio bem diversificado e várias opções de lanchonetes e restaurantes. Como já estávamos com um pouco de fome, acabamos indo ao Subway (que adoramos) ali mesmo. Uma delícia, como sempre.
Saímos do Subway, visitamos a ponte metálica e a praça central, onde se situa o imponente e bem cuidado prédio da prefeitura (mais uma vez, inveja!), além do Santuário de Santa Rita de Cássia, que parece ser a igreja principal da cidade. A praça é enorme, repleta de banquinhos e com uma grande fonte retangular. Muitas crianças formavam uma fila para a entrada numa grande escola em um dos lados da largo central. Tratava-se do Instituto Nossa Senhora do Carmo.
Andamos mais um pouco, passando por outra escola, esta estadual (Escola Estadual Coronel Vieira) e alcançamos a bela Avenida Astolfo Dutra, arborizada e com os trilhos da antiga Estrada de Ferro Leopoldina. Tiramos várias fotos e percorremos a avenida, já de volta ao ponto onde havíamos deixado a Ténéré. Arrumamos nossas coisas e pegamos a moto para dar mais uma rodada pela cidade e regressarmos. Atravessamos novamente o Rio Pomba, passando pelas duas pontes da região central e tomamos o caminho de volta, pelas mesmas estradas que nos levaram até ali.
No retorno, resolvemos entrar na pequena cidade de Dona Eusébia, também para conhecer. Passamos pelo centro e seguimos até a prefeitura. Uma cidade singela e também com um centrinho bem cuidado. Para acessá-la cruzamos mais uma vez o Rio Pomba, por sobre uma ponte estreita, trajeto que percorremos em sentido inverso para voltar à rodovia e seguir nosso caminho.
Estávamos com planos de fazer ainda mais uma parada no retorno, para tomar um cafezinho, em um lugar pelo qual passamos em na cidade de Rio Pomba, mas, ao chegarmos lá, o encontramos fechado. Prosseguimos, pois.
Ao chegar próximo a entrada de Mercês, lembrei-me do melhor capuccino do mundo, lá do Meia Lua e falei com a Rochelli, que prontamente concordou com o pequeno desvio de rota. Entramos então naquela linda cidadezinha, para saborearmos dois sempre ótimos capuccinos, acompanhados de pão de queijo e maionese caseira. Ótimo lanche!
Como estamos no inverno, o dia já perdera grande parte de sua luminosidade e resolvemos voltar, para aproveitar o pôr do sol na serra de Santa Bárbara, o que, de fato, fizemos. A luz estava muito bonita quando chegamos em Santa Bárbara do Tugúrio e iniciamos a subida da serra.
Chegamos em Barbacena já no finalzinho da tarde, felizes da vida com o ótimo passeio. Vamos aproveitando as oportunidades para explorar novos lugares!
Que lindo passeio!!! Super!!!!
ResponderExcluirFoi ótimo tio Célio! Precisamos combinar um encontro! Saudades!
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