Havia já algum tempo que meu irmão, Fabiano, informou sobre a existência da Fazenda Paraopeba, recentemente restaurada, na estrada próxima a São Brás do Suaçuí.
Parte da História de Minas Gerais, a Fazenda Paraopeba foi local de encontro de inconfidentes e pertencia ao advogado e poeta Inácio José de Alvarenga Peixoto. Claro que eu queria muito dar um pulo lá para vê-la com meus próprios olhos. Pesquisando na internet, não encontrei qualquer dado sobre horários de funcionamento. Contudo, com a nossa decisão de fazer passeios e pequenas viagens nas tardes de sexta-feira desse nosso período de semi-férias (os estágios continuam a todo vapor), não havia muito o que decidir sobre dias e horários. O negócio seria pegar a estrada e visitar a fazenda, mesmo que não pudéssemos entrar na sede.

A estrada estava molhada, o que exigiu cuidado, e aquela terra alaranjada no ensopado do asfalto serviu para sujar a moto toda. Porém, a Ténéré é para isso mesmo... aliás, para mim, qualquer moto é. Sou muito cuidadoso com minhas motos, mas não ao ponto de deixar de curtir qualquer trajeto por frescura. Percorremos a 040 até a entrada para São Brás do Suaçuí e pegamos outra estrada ótima, pela qual já havíamos passado quando voltamos de Entre Rios de Minas. A fazenda se situa antes de São Brás, à esquerda da via. Como não havia retorno seguro, passamos por ela, fomos até o trevo da cidade (retorno seguro mais próximo), e retornamos, saindo à direita, na pequena entrada de terra após a ponte sobre o Rio Paraopeba. Mesmo de longe, a fazenda era linda e foi incrível parar logo em frente. Como já suspeitava, estava fechada para visitação interna. Porém, só de estar lá, em um lugar com tanta história, e poder vê-la de tão perto, seus muros, suas instalações, e ter o prazer de ter estado lá, de moto, já valeu a pena. A restauração por que passou a fazenda salvou-a da ação do tempo e possibilitou a criação de um pequeno estacionamento para visitantes, com vagas para motos, carros e até ônibus! Chegamos e, ao descer, percebemos uma família de cachorrinhos vivendo nos gramados do entorno. A princípio, vimos alguns filhotes e depois duas cadelas mais velhas. A Rochelli adorou, claro. Infelizmente ela não se liga em História, mas pôde curtir todo seu amor pelos animais. Eu, claro, aproveitei para olhar todos os detalhes que eu conseguia daquele lugar. E tirar fotos, muitas fotos aproveitando o zoom que a pequena Canon que sempre levamos possui. Ficamos um bom tempo por lá, talvez quase uma hora, não sei ao certo. A ideia inicial seria fazermos um piquenique nos gramados. Com os cachorrinhos, seria impossível, kkk. Também não estávamos com fome ainda, pois a parada em Lafaiete não tinha tanto tempo assim. Entrar na fazenda realmente mostrou-se impossível. Havia alguém lá, mas algum tipo de zelador realizando algum reparo. Nos viu, mas não veio até nós. Decidimos avançar até São Brás, cidade que ainda não havíamos visitado, não sem antes ter de distrair as cadelas, que insistiam em perseguir a moto assim que eu acelerava um pouco. Uma delas até ficava um tanto quanto brava, rosnando até. Minha lindinha teve de descer e distraí-las para que eu pudesse me afastar. Não queríamos que elas perseguissem a moto até a estrada movimentada e corressem algum risco.
Na estrada novamente, seguimos até a cidade, onde demos uma volta. Muito bonita e conservada. Uma cidade pequena. Andamos pela avenida central e passamos ao lado da igreja matriz. Paramos numa padaria bem arrumada. A Rochelli acabou tomando um energético, afinal, estava acordada desde as 5h e havia tido um dia exaustivo no estágio. Conversamos, descansamos e nos preparamos para o retorno. Pegamos novamente aquela estrada linda até o entroncamento com a 040 e tomamos o rumo de casa. Mais uma bela viagem em nosso blog e em nossas lembranças. Como é boa a sensação de liberdade de nossos passeios... E ainda temos tantos destinos para descobrir! E muitos para revisitar!
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